Dia 22 de Abril é o Dia Mundial da Terra. A comemoração desta data remonta a 21 de Março de 1970, em São Francisco, Califórnia, e viria mais tarde a comemorar-se em 22 de Abril, tem como principal objectivo, a sensibilização para a defesa do ambiente e da biodiversidade do Planeta Terra.
Num planeta em que se continua a apostar sobretudo nos combustíveis fosseis, a concretização dos objectivos propostos para a comemoração deste dia estão bem longe de serem atingidos, segundo o relatório da World Wild Foundation 2010, “em 2030 a humanidade necessitará da capacidade de duas Terras para absorver as emissões de CO2 e manter o consumo de recursos naturais.”
Num mundo em que a aposta deverá ser a defesa da biodiversidade para que este seja mais sustentável, vemos, cada vez mais, essa biodiversidade ser ameaçada nomeadamente no aumento da poluição, alterações climatéricas, perda e alteração de habitat, fruto da nossa procura insaciável por alimentos, água, novas áreas para construção, fontes de energia e materiais, apenas para citar alguns dos principais aspectos da pressão que nós humanos, colocamos sobre o nosso planeta.
A esta pressão que exercemos sobre o planeta, chamamos vulgarmente de pegada ecológica, “a Pegada Ecológica mede a pressão que a humanidade exerce na biosfera comparando a procura humana por recursos e serviços dos ecossistemas com a capacidade que o planeta tem em gerar estes recursos e serviços”, citando novamente o relatório da WWF 2010.
Todos os dias somos confrontados através das notícias desta pressão que não para de aumentar, os acontecimentos recentes no Japão, os conflitos nas regiões ricas em petróleo, as desflorestações contínuas, as alterações climáticas.
Toda esta informação deveria ser no mínimo suficiente para nos fazer parar e reflectir sobre o caminho que estamos a seguir, e se ainda vamos a tempo de reparar erros que irão ter consequências para as gerações futuras.
Talvez seja um lugar-comum dizer-se que não guardes para amanhã o que podes fazer hoje, mas terá que ser a partir de hoje que devemos ganhar uma consciência mais forte na preservação deste ponto azul que se vê lá de cima, pelo menos a julgar pelas imagens e relatos de quem já viajou no espaço.
E se queremos continuar a dizer que a terra é esse ponto azul, cada acção que praticamos no nosso dia-a-dia, deve ter em conta tudo o que podemos contribuir para um ambiente mais sustentável, através de pequenos gestos na poupança de energia, na poupança de recursos naturais, no ganhar a consciência de que este é o nosso planeta, e só nós é que o podemos salvar.
(ENA – Agência de Energia e Ambiente da Arrábida).
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