por DAVID DINIS 5.4.2011 DN
O Ministério das Finanças confirmou ontem que este Governo, mesmo em gestão, vai ainda avançar com uma actualização extraordinária dos preços dos transportes, medida incluída no PEC4 e prometida, mesmo após o seu chumbo, pelo primeiro-ministro perante os líderes europeus.
Num comunicado emitido ao início da tarde, o gabinete de Teixeira dos Santos diz que essas medidas "não necessitam de ser aprovadas pela Assembleia da República e estão a ser implementadas pelo Governo", lembrando que elas são necessárias para garantir o cumprimento das metas orçamentais prometidas à Comissão Europeia, BCE e Conselho Europeu.
O aumento das tarifas e passes sociais é o segundo do ano - a 1 de Janeiro o Governo decretou a subida de passes dos transportes públicos de Lisboa e do Porto em 3,5%, com outros títulos a atingir, em média, os 4,5% e o bilhete simples de metro de 5,8%.
"Além disso", acrescenta o ministério, "o Governo e o principal partido da oposição reafirmaram o seu compromisso para o alcance das metas orçamentais entre 2011 e 2013, nomeadamente 4,6%, 3% e 2% do PIB. Deste modo, estes objectivos serão mantidos" - uma promessa feita em nome do maior partido da oposição, mais raro ainda em clima de pré-campanha eleitoral.
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