Falta de médicos no Centro de Saúde de Alpiarça deixa doentes crónicos sem receitas
A saída de dois médicos cubanos e a entrada em férias de um dos dois clínicos do Centro de Saúde de Alpiarça está a privar doentes crónicos do acesso a receituário, alertou a comissão de utentes local.
A porta-voz da Comissão de Utentes de Saúde de Alpiarça afirmou que o problema é "grave para a saúde dos utentes, podendo nalguns casos pôr em risco a sua vida, principalmente nos casos de doentes crónicos sem medicação por falta de receituário para casos conhecidos de doentes cardíacos".
Em declarações à Agência Lusa, Elisabete Relvas disse que Alpiarça já estava com quatro mil utentes sem médico de família, depois de terminado o contrato de dois médicos cubanos, e que, agora, um dos dois clínicos partiu para férias, deixando nas mãos de um único médico um ficheiro com oito mil utentes.
"É uma situação a atirar para o caótico, como se poderá imaginar", observou a responsável, tendo afirmado que as próprias consultas de recurso só funcionam um dia por semana, em vez de duas, só aceitando a prestação de oito consultas.
"Doentes cardíacos, hipertensos e também diabéticos, aflitos por não conseguirem consulta e outras por nem sequer o receituário, vão para o posto médico às duas e três da manhã. Às 05:00 está tudo cheio e muitos sem conseguir a sua consulta ou a simples prescrição de uma receita", notou.
"Será logicamente impossível assegurar assim a qualidade e a resposta às necessidades", disse ainda Elisabete Relvas, tendo lembrado que a Comissão de Utentes de Saúde de Alpiarça "exige uma solução" às autoridades responsáveis e a reposição dos dois médicos cubanos que cessaram o contrato a 21 de Junho.
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