CONFERÊNCIA DE IMPRENSA
“SNS e a prestação
de cuidados saúde”
14 set, quinta, 18,30 hs,
Fte ao Centro Saúde Alferrarede / ABRANTES
A importância da defesa e reforço do SNS é uma luta de todos e para todos, que passa, entre outros aspetos, por colocar o foco na saúde e na prevenção da doença; pela necessidade de reforçar e modernizar o SNS; por investir na melhoria da organização, funcionamento, direção e gestão das instituições e do SNS e nos seus profissionais, como condição de desenvolvimento económico e social do País.
No dia 15 de setembro, sexta-feira, comemoram-se os 44 anos do Serviço Nacional de Saúde. O mais importante em termos sociais e humanos dos serviços públicos. Os cuidados de saúde passaram a ser universais, gerais e gratuitos (numa primeira fase), mas depois só tendencialmente gratuitos.
Neste dia a nossa homenagem a todos os que o criaram e desenvolveram. Palavras de estima e solidariedade para com os trabalhadores do SNS que, com todos os obstáculos, cumprem o objectivo central de reduzir ou debelar o sofrimento humano.
Defender o SNS é realçar que no Médio Tejo, apesar de todas as dificuldades, há no sector da saúde mais de 5000 trabalhadores, que, por exemplo, fazem em média: 435 urgências por dia; 4000 consultas diárias nos hospitais e centros de saúde; mais de 30 intervenções cirúrgicas diárias; perto de 50 sessões diárias de hemodiálise; milhares de exames e análises; milhares de tratamentos; milhares de actos de enfermagem; altas taxas de vacinação; centenas de transportes de doentes; recuperação psíquica e física de centenas de doentes; acções de sensibilização de saúde pública…
O reforço do SNS, implica exigir por todas as formas democráticas, entre outras acções:
Resolver os problemas de acesso de muitos utentes a cuidados de saúde (lembra-se que quase 35% - 77769 de um total de 225691 utentes inscritos - não tiveram qualquer consulta nos últimos 12 meses); (1)
A contratação de mais profissionais de saúde, com condições de trabalho e salariais que correspondam à sua formação (condição extensível à necessidade nacional e urgente do aumento de salários e prestações para toda a população portuguesa; (2)
Investimento em acções de saúde pública eficazes e mensuráveis (temos de ter menos sinistralidade rodoviária, reduzir consumo de tabaco, de álcool, combater as causas da obesidade, …);
O cumprimento do princípio da proximidade na prestação de cuidados de saúde, não abandonando a população das freguesias rurais (as Extensões de Saúde não devem encerrar e deve haver Unidades Móveis de Saúde); (3)
Melhorar a humanização e organização dos serviços de urgência, com destaque para a implementação da UMC no CHMT, as obras na Urgência de Abrantes e melhorar a informação e comunicação a utentes e familiares no contexto da presença nos serviços de urgência (4);
Defendemos que a Maternidade deve ser valorizada, nomeadamente com o seu funcionamento 24 hs/7 dias semana. (Saúda-se o aumento de partos verificados já este ano).
Defendemos a Urgência Pediátrica nos 3 hospitais, em vez de ser só em Torres Novas;
Desenvolvimento do Serviço de Medicina Física e de Reabilitação no CHMT;
Mais unidades de Cuidados na Comunidade; novas e manutenção de instalações existentes assim como a renovação da frota automóvel das unidades de saúde; articulação da prestação de cuidados principalmente com as instituições sociais onde está muita da população idosa da região, apelando às responsabilidades da Segurança Social.
(1) Quase 10 mil utentes não têm médico de família no Concelho de Abrantes e as alternativas, por exemplo a contratação de horas médicas e/ou reformados e de médicos estrangeiros, têm esbarrado na recusa de profissionais trabalhar pelas condições oferecidas e na intrincada burocracia e regulamentação governamental.
(2) Necessário também uma revisão profunda da formação e gestão dos recursos humanos.
(3) Não esquecemos que a existência de incentivos, novas instalações, novas unidades funcionais como as USF não são garantia da vinda de profissionais e entre os que chegam é preciso assegurar que exerçam funções nas freguesias rurais.
(4) Foi com tristeza que constatámos, conforme o anunciado em Maio passado, que as obras na Urgência de Abrantes ficaram mais uma vez adiadas. Sabe-se agora que houve nova adjudicação. Pela não assinatura de uma Portaria de Extensão e pela aprovação tardia do PAO do CHMT (ambos actos da responsabilidade do Ministério das Finanças deste Governo), as populações e profissionais continuam a não ver requalificadas as instalações da Urgência Médico-Cirúrgica do Hospital de Abrantes e a obra custa mais quase 700 mil euros. Mais uma vez, parece que não vai haver “castigo” para os responsáveis. Esperemos agora que o Tribunal de Contas não esgote os 30 dias para dar o parecer positivo, com vista às obras começarem tão depressa quanto possível.
Por fim, a defesa e reforço do SNS implica mais informação e organização dos utentes e trabalhadores, e uma acção consequente e permanente.
Já esta semana realizámos uma VIGILIA em Atalaia/Vila Nova da Barquinha… e amanhã…..
V I G í L I A
da Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo
15.setembro.2023,SEXTA das 19 às 21 horas
Frente Extensão Saúde de
Carrazede / Paialvo / Tomar
PELA COLOCAÇÃO DE MÉDICO, em PAIALVO
Na defesa de cuidados de saúde de proximidade e no combate à desertificação das aldeias
Sem comentários:
Enviar um comentário