Comissão de Utentes do Concelho de Benavente
A SAÚDE É UM DIREITO, NÃO É UM NEGÓCIO!
A SAÚDE É UM DIREITO, NÃO É UM NEGÓCIO!
COMUNICADO 3/2010
(Benavente, 28NOV2010)
(Benavente, 28NOV2010)
SALVAGUARDAR UM SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE DE PROXIMIDADE E DE QUALIDADE PARA TODOS!
Nos passados dias 23 e 26 de Novembro a Comissão de Utentes do Concelho de Benavente (CUCB), cumpriu com os mandatos conferidos pelos utentes e autarcas presentes na Reunião/Concentração realizada no Centro Cultural de Benavente e na Vigília pelo NÃO ENCERRAMENTO DA EXTENSÃO DE SAÚDE DO BISCAINHO/FOROS DA CHARNECA fazendo a entrega oficial em mão das MOÇÕES aprovadas por unanimidade naqueles eventos convocados em Defesa da Saúde.
Em ambas as moções defende-se a manutenção em funcionamento da Extensão de Saúde do Biscainho/Foros da Charneca, bem como a reabertura de todas as restantes, garantindo um serviço de saúde de proximidade, dando segurança às populações envelhecidas e sem transportes públicos.
A CUCB entregou ofícios pedindo uma audiência a S. Exa. à Senhora Ministra da Saúde e outro exigindo uma resposta nos termos do Código do Procedimento Administrativo à senhora Directora Executiva do ACES – Lezíria, Dra. Luísa Portugal.
Na passada sexta-feira dia 26 de Novembro foi aprovado o Orçamento de Estado que nos aumenta as preocupações enquanto utentes dos serviços públicos, nomeadamente da Saúde. Na área da retribuição pelo Estado dos serviços públicos que justificam os impostos, contribuições e taxas que pagamos, verificaram-se avultadas reduções em relação aos orçamentos anteriores, já eles diminuídos em relação à prestação necessária e desejada pela maioria dos contribuintes.
No Serviço Nacional de Saúde (SNS), tal como a doutora Luísa Portugal reconheceu em declarações públicas à RTP1 no passado dia 12 em Coruche, têm sido tomadas medidas políticas cujos efeitos têm sido o de reduzir o número de médicos disponíveis. Com a redução de 1.255,88 milhões de euros na Saúde, perguntamos: o que restará do SNS para nos socorrer?
Cortes orçamentais tão profundos afectarão certamente todas as áreas da Saúde e não apenas aqueles onde se verificam os maiores encargos: medicamentos e exames de diagnóstico consomem dois terços do orçamento.
Mesmo serviços que hoje funcionam razoavelmente bem, como as USF, poderão ser asfixiados financeiramente e degradar-se em prejuízo dos utentes e dos profissionais que ali servem. A ADSE sofrerá alterações que ainda não se conhecem em toda a sua profundidade, extensão e implicações, mas que resultarão na sua extinção a prazo. As seguradoras da área da saúde aproveitam a conjuntura para subirem o preço das apólices e reduzirem as coberturas aumentando os seus lucros – este ano prevêem obter o maior lucro de sempre.
Por isso a CUCB alerta todos os utentes, mesmo aqueles que hoje têm uma cobertura satisfatória ou boa na Saúde, que com este rumo político amanhã poderão ter de recorrer ao SNS. Por isso defendemos que este deve ser salvaguardado como Porto de Abrigo de acesso geral e universal, como a actual Constituição da República Portuguesa impõe.
O tempo que vivemos é de forte solidariedade e unidade para nos protegermos de medidas danosas dos bolsos do Povo para nos obrigarem a pagar os desmandos e as falcatruas que se têm feito na Banca.
O tempo é de «Todos por um e um por todos!»
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