segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Anunciam-se novos aumentos da energia/combustíveis...

… mas os cidadãos começam a reagir. Será que há força para fazer regredir as imposições das grandes empresas que funcionam em regime de monopólio (ou quase) privado, com o apoio e/ou complacência governamental?

No caso dos combustíveis, a conversa é sempre a mesma: Quando o crude baixa, têm de ser mantidos os preços porque há outros custos associados (principalmente os milhões de lucros de que não prescindem); quando o crude sobe (ou se pensa que tal vai suceder), “aqui d'el-rei”, que têm de ser os clientes a pagar! Utentes, empresas e economia nacional, que se cuidem!

MUSPSantarém
6.12.2010
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Presidente da Galp avisa clientes para aumento dos preços
O presidente da Galp Energia, Ferreira de Oliveira, disse hoje que o preço do petróleo, que está a ser negociado acima dos 90 dólares em Londres, é demasiado alto e que os consumidores vão acabar por pagar a factura.
«Gostaríamos que eles [os preços do petróleo] descessem. A nossa política de preços é justa, equitativa e competitiva», disse o responsável, dizendo que os recentes aumentos nos combustíveis da Galp foram feitos em linha com os mercados internacionais.

«A Galp vive dos seus clientes, e o preço do crude alto traduz-se, mais cedo ou mais tarde, em preços de produtos mais caros», disse Ferreira de Oliveira, à margem de um evento dedicado à Liderança Empresarial, que hoje decorreu em Lisboa.

Segundo o presidente, «esta subida do petróleo, que subiu mais em euros do que em dólares, o que tem muito a ver com a recente desvalorização do euro e tem muito a ver com o aumento da procura no Extremo Oriente, sobretudo, na China e na Índia. Isso acaba por meter uma pressão sobre os preços do produto».

Contudo, olhando para a frente, Ferreira de Oliveira antecipou que «este é um nível alto do preço do crude e que tenderá a baixar».

Hoje, pelas 18h, o preço do petróleo negociado em Londres (Brent), que serve de referência à Europa, seguia nos 91,58 dólares, enquanto que em Nova Iorque (Nymex), o barril de crude cotava nos 88,93 dólares, segundo os dados da agência de informação financeira Bloomberg.

Questionado pelos jornalistas sobre a actuação situação do país, o gestor disse que é preciso união entre os cidadãos e entre os trabalhadores das empresas.

«É nos momentos difíceis da economia que é preciso ter uma visão estratégica clara nas empresas e na sociedade, saber para onde vamos, unirmo-nos todos uns aos outros dentro das empresas e na sociedade, para caminharmos nessa direcção».

E deixou uma mensagem de confiança: «Temos que ser capazes [de ultrapassar a crise]. Não há outra opção. E eu julgo que os portugueses sempre mostraram que nos momentos difíceis são capazes de ultrapassar as dificuldades com que se confrontam».

(Lusa / SOL)
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Já chegou a mais de 144.000 o número de pessoas que aceitaram assinar a petição da Deco contra as taxas e sobrecustos que a EDP cobra aos consumidores. Contactada pelo Expresso, a associção diz-se determinada a levar o documento à Assembleia da República.

"Na fatura de eletricidade há custos impostos ao setor que resultam de opções políticas e medidas legislativas. Mas se estes 'Custos de Interesse Geral' fossem reduzidos em 10%, estaríamos perante uma redução na fatura na ordem dos 5%, em vez de um aumento de 3,8 % num serviço público essencial como a eletricidade".

Começa assim a petição que a Deco lançou a 25 de novembro, na tentativa de chamar a atenção dos consumidores para o facto de estarem a pagar extras nas suas contas de eletricidade.

A Deco diz ainda ser indispensável e urgente repensar a política de taxas e sobrecustos que recaem nas faturas da eletricidade e apela para que as pessoas adiram e assinem a petição online, de forma a fazer este protesto ganhar força e chegar à Assembleia da República, para ser discutido.
(Expresso)

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