Vamos esperar para ver.
José Manuel da Silva
A eleição do novo bastonário da Ordem dos Médicos, para o triénio 2011/2013, é a consagração de um desafio para "mudar o seu paradigma da organização, de postura e de intervenção..." [do programa de candidatura de JMS] .
A propositura de construir um "Pacto da Saúde" que, prioritáriamente, defenda o actual paradigma do SNS [mantendo aberta a porta a medidas adequadas no campo da eficiência e da sustentabilidade] será, por ventura, uma das apostas no futuro que, ultrapassando o mero círculo médico, poderá projectar a OM na sociedade portuguesa.
Obviamente que este "pacto" necessita de uma sólida concertação entre os vários sectores profissionais da saúde e, mais importante e mais difícil, da convergência de forças políticas [neste momento dispersas e "prisioneiras" de interesses]. Este "pacto" se vier a ser trabalhado não pode confinar-se à área técnica e de gestão do SNS. Será sempre um compromisso político [muito amplo] sobre o papel, a relevância e a sustentabilidade do Estado Social em tempos de austeridade e de crescentes derivas neoliberais [nomeadamente sobre a "dimensão" do Estado]. A construção de um "Pacto da Saúde" é uma tarefa que ultrapassa largamente o âmbito de actuação da OM. Todavia, o novo bastonário está eticamente obrigado a lutar por ele em franca e aberta colaboração com todos os actores na área da Saúde.
(in blog SAÚDE SA)
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