terça-feira, 1 de julho de 2014

COMUNICADO Sobre o estado da Saúde no Concelho de Almeirim

CUCA – Comissão de Utentes de Concelho de Almeirim

COMUNICADO

Sobre o estado da Saúde no Concelho de Almeirim

Depois de ter marcado presença na Ação de Protesto em frente ao Hospital Distrital de Santarém, no passado dia 27 de junho, a CUCA não pode deixar de manifestar a sua apreensão em relação ao estado da prestação do serviço de saúde no Concelho de Almeirim, tendo mais presente que este é o direito constitucionalmente garantido, e para o qual os cidadãos descontam todos meses. Assim, as nossas preocupações centram-se essencialmente nos seguintes aspetos:

1. No início deste ano foi noticiada a passagem à reforma de três clínicos que prestam serviço em Almeirim, até ao final de 2014. Tendo presente que antes desta saída já existem cerca de 6 000 utentes do concelho sem médico de família atribuído, e que com a saída destes este número ascenderá os 10 600.

2. Em março passado, a senhora diretora do ACES Lezíria (a que Almeirim pertence), através da comunicação social, referiu que necessitava de 26 clínicos para resolver as carências médicas existentes na região sob a sua direção.

3. No concurso aberto para colocação de médicos, foram atribuídas apenas oito vagas ao ACES Lezíria, o que, face às declarações da Sra. Diretora e à própria constatação de quem usa os serviços ou acompanha a situação, é manifestamente insuficiente.

4. As questões como a reorganização hospitalar (regida através das portarias 82/2014 e 123A-2014), abre a porta a grandes mexidas à organização existente no distrito de Santarém, no sentido de retirar especialidades e encerrar serviços.

Serão os utentes, sobretudo os mais carenciados e mais idosos, os principais prejudicados, com esta política de cortes cegos, num bem essencial que é a saúde. No nosso concelho, os idosos em Marianos terão de percorrer uma distância de 18 Kms até à sede de concelho (onde têm médico) e 26 Kms até Santarém (onde têm hospital distrital), em transportes públicos com horários constrangidos e a preços exorbitantes para as magras reformas que auferem, correndo o sério risco de não ter consulta. É nesta localidade a situação especialmente agravada pelo encerramento da extensão de saúde.


A CUCA vem assim manifestar o seu total desacordo e repúdio pelas variadas políticas que este governo tem tomado no que diz respeito à saúde, que lesam os interesses dos cidadãos, e lançando-os muitas vezes para as mãos de privados, que mais que a saúde, têm objetivos meramente económicos. 

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