Quando a saúde é um negócio
O Secretariado da Direcção da Organização Regional do Algarve do PCP denuncia, num comunicado emitido no dia 18, a utilização do «justo descontentamento das populações com as consequências do processo de destruição do SNS» por parte das maiorias PS e PSD nas câmaras municipais de Olhão e Vila Real de Santo António para favorecer negócios privados na área da Saúde. Em causa está a assinatura de um protocolo com vista a constituir uma designada «rede intermunicipal de cuidados de saúde».
Para além de a decisão ter sido tomada nas costas dos executivos municipais – os vereadores da CDU em ambas as autarquias tiveram conhecimento deste processo nas vésperas do seu anúncio –, o PCP revela que este protocolo prevê uma parceria com o grupo privado «Hospital Particular do Algarve». Para o Secretariado da DORAL, o acordo assinado «constitui, sobre todos os pontos de vista, uma acção que converge com os objectivos do Governo de destruição do Serviço Nacional de Saúde», abrindo a porta à «sinistra proposta» de transferência para as autarquias da gestão dos centros de saúde.
O PCP acusa ainda as duas autarquias de se comportarem como «angariadores de clientes e financiadores de negócios privados», ao pretenderem colocar doentes no Hospital Particular do Algarve para operações às cataratas «pagos com recursos que são retirados às respectivas câmaras municipais». O que as autarquias deveriam fazer – e não fazem – era «condenarem a política de Saúde do Governo e exigirem deste o reforço dos meios para responder às necessidades das populações».
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