quarta-feira, 9 de julho de 2014

Todas as lutas contam (ns 5) - ALGARVE

Portimão: Movimentos de cidadãos promovem cordão humano contra encerramento da maternidade
Dois movimentos de cidadãos vão promover na sexta-feira, 11, um cordão humano contra o possível encerramento da maternidade na unidade de Portimão do Centro Hospitalar do Algarve (CHAlgarve).

A proposta de encerramento transitório do serviço, no período noturno, devido à falta de pediatras, foi efetuada pelo diretor da Pediatria do Centro Hospitalar do Algarve (CHA), mas a administração da unidade considerou que “não é exequível”.

O Movimento de Cidadãos pela Defesa dos Serviços Públicos de Saúde do Algarve, em comunicado, considerou a proposta “inadmissível e gravemente lesivo dos utentes do SNS de todo o barlavento algarvio”.

“Mesmo que a proposta do seu encerramento seja a título provisório, no período noturno durante o mês de julho, e no período diurno em 8 dos 31 dias deste mês, jamais se poderá tolerar”, refere o movimento.

“Se isto acontecesse, seria o encerramento definitivo da maternidade, tendo em conta as políticas na área da saúde, defendidas e impostas, pelo ministro da Saúde e pelo administrador do CHAlgarve”, acrescenta-se.

A justificação da recusa da proposta por Pedro Nunes, administrador do CHAlgarve, é apelidada de “hipócrita”.

Em declarações à Lusa, Pedro Nunes, assumiu que a maternidade só se mantém aberta devido à "boa vontade" dos médicos de Portimão, que têm que trabalhar mais horas, e dos de Faro, que lá vão ajudar quando é necessário, sublinhando que a administração fará o esforço financeiro que for necessário para a manter aberta, mas que não pode "obrigar" os médicos a irem de Faro para Portimão e que quando os profissionais "se cansarem, não há escalas".

“Isto diz tudo sobre o seu pensamento! Ou seja, se a maternidade não encerra de uma maneira, encerrará de outra! Esta intenção esteve sempre na mira de Pedro Nunes. Como sabe que a sua ordem direta de encerramento seria alvo de uma enorme contestação, tanto por parte dos utentes, como da parte dos profissionais de saúde, tudo vai fazendo, tal como vai fazendo o governo, para que a maternidade ‘morra de morte natural’”, assinala o movimento.

O Movimento de Cidadãos pela Defesa dos Serviços Públicos de Saúde do Algarve e a Comissão de Utentes do Serviço Nacional de Saúde promovem a manifestação e um cordão humano contra o encerramento da maternidade de Portimão, na sexta-feira, a partir das 17.00 horas, frente ao Hospital do Barlavento, em Portimão.

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