Utentes e pensionistas ao lado de médicos em greve
Publicado às 10.18
, atualizado hoje às 11.28
Dora Mota
foto Diana Quintela / Global Imagens |
Greve dos médicos afectou, em grau variável, centros de saúde e hospitais |
Representantes de movimentos de utentes e de pensionistas juntaram-se aos médicos em greve. Às 10 horas em ponto, três autocarros deixaram o Porto rumo à capital, para uma concentração em Lisboa.
De Braga e Viana seguiram mais dois autocarros com médicos em greve. No Porto, os médicos tiveram o apoio declarado de representantes de associações de utentes e também de pensionistas, que embarcaram nos autocarros que rumaram a Lisboa.
Havia, também, médicos a seguir em carros próprios para a manifestação, que assinala a greve. São dois dias de paralisação em defesa do Serviço Nacional de Saúde. "Esgotamos a capacidade de negociação", disse, ao JN, a presidente da Federação Nacional dos Médicos, Maria Merlinde Madureira.
"É possível contornar os bloqueios, mas não por muito tempo", disse aquela dirigente. Em pano de fundo, as queixas dos médicos às alegadas limitações na requisição de meios auxiliares de diagnóstico, por exemplo, e das administrações hospitalares, que se debatem com falta de pessoal e de liberdade de contratar.
"É preciso gestores da área da saúde que não sejam gestores de ocasião", acrescentou Maria Merlinde Madureira. Em face da mobilização dos médicos para a greve, a presidente da Federação Nacional dos Médicos aconselhou os utentes a não saírem de casa sem confirmar as consultas.
Numa ronda por alguns locais de atendimento, o JN constatou que na Unidade de Saúde Familiar (USF) do Covelo, no Porto, a adesão foi total. Não havia qualquer médico a trabalhar. Já na USF de Faria Guimarães, também na Invicta, havia apenas um clínico ao serviço.
No hospital de S. João, no Porto, não há, ainda, balanço do impacto da greve dos médicos nos serviços. Pelo que foi possível constatar, a consulta externa está a funcionar, com as pessoas a serem atendidas com aparente normalidade.
Os presidentes dos hospitais de S. João, António Ferreira, e de Santo António, Sollari Allegro, ambos do Porto, admitiram, esta terça-feira, que a greve dos médicos possa ter "algum impacto" embora considerem ser "ainda cedo para fazer uma avaliação".
Em declarações aos jornalistas, o presidente do Centro Hospitalar de S. João, António Ferreira, remeteu para o final da manhã a divulgação de dados concreto sobre a adesão à greve que começou à meia-noite e até às 24 horas de quarta-feira.
António Ferreira, do S. João, disse que durante a madrugada correu tudo dentro da normalidade e que "só mais tarde se poderá fazer uma avaliação do impacto desta greve".
Também o presidente do Centro Hospitalar do Porto/Hospital de Santo António, Sollari Allegro, disse que "as consultas e as cirurgias são marcadas com horas" e que, por isso, "só ao final da manhã será possível fazer a avaliação global".
"De qualquer maneira, penso que irá ter algum impacto porque há alguma insatisfação por causa dos cortes salariais, mas acredito que terá menor adesão do que a anterior", acrescentou.
Havia, também, médicos a seguir em carros próprios para a manifestação, que assinala a greve. São dois dias de paralisação em defesa do Serviço Nacional de Saúde. "Esgotamos a capacidade de negociação", disse, ao JN, a presidente da Federação Nacional dos Médicos, Maria Merlinde Madureira.
"É possível contornar os bloqueios, mas não por muito tempo", disse aquela dirigente. Em pano de fundo, as queixas dos médicos às alegadas limitações na requisição de meios auxiliares de diagnóstico, por exemplo, e das administrações hospitalares, que se debatem com falta de pessoal e de liberdade de contratar.
"É preciso gestores da área da saúde que não sejam gestores de ocasião", acrescentou Maria Merlinde Madureira. Em face da mobilização dos médicos para a greve, a presidente da Federação Nacional dos Médicos aconselhou os utentes a não saírem de casa sem confirmar as consultas.
Numa ronda por alguns locais de atendimento, o JN constatou que na Unidade de Saúde Familiar (USF) do Covelo, no Porto, a adesão foi total. Não havia qualquer médico a trabalhar. Já na USF de Faria Guimarães, também na Invicta, havia apenas um clínico ao serviço.
No hospital de S. João, no Porto, não há, ainda, balanço do impacto da greve dos médicos nos serviços. Pelo que foi possível constatar, a consulta externa está a funcionar, com as pessoas a serem atendidas com aparente normalidade.
Os presidentes dos hospitais de S. João, António Ferreira, e de Santo António, Sollari Allegro, ambos do Porto, admitiram, esta terça-feira, que a greve dos médicos possa ter "algum impacto" embora considerem ser "ainda cedo para fazer uma avaliação".
Em declarações aos jornalistas, o presidente do Centro Hospitalar de S. João, António Ferreira, remeteu para o final da manhã a divulgação de dados concreto sobre a adesão à greve que começou à meia-noite e até às 24 horas de quarta-feira.
António Ferreira, do S. João, disse que durante a madrugada correu tudo dentro da normalidade e que "só mais tarde se poderá fazer uma avaliação do impacto desta greve".
Também o presidente do Centro Hospitalar do Porto/Hospital de Santo António, Sollari Allegro, disse que "as consultas e as cirurgias são marcadas com horas" e que, por isso, "só ao final da manhã será possível fazer a avaliação global".
"De qualquer maneira, penso que irá ter algum impacto porque há alguma insatisfação por causa dos cortes salariais, mas acredito que terá menor adesão do que a anterior", acrescentou.
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