Prejuízos para as populações
A Plataforma Península de Setúbal em Defesa do Serviço Público de Transportes (USS/CGTP-IN, MUSP, sindicatos e autarquias) realizou, em Setembro, junto ao terminal de transportes do Barreiro, uma conferência de imprensa, onde denunciou que a política de direita praticada pelos sucessivos governos, assentes na privatização e concessão dos transportes públicos, tem resultado em fortes prejuízos para a população, utentes e trabalhadores dos sector.
«Só os avultados apoios e encargos financeiros despendidos com as empresas privadas justificam a sua passagem para o Sector Empresarial do Estado», defende a Plataforma, dando como exemplo os «14,4 milhões de euros atribuídos aos TST», os «383 milhões de euros atribuídos à MST» e os «105 milhões de euros atribuídos à Fertagus».
Em sentido contrário, penalizam-se as empresas públicas de transportes, como é o caso da CP, da Transtejo e da Soflusa, que recebem verbas insuficientes para a exploração, para além da má gestão que vem sendo efectuada, tendo em vista a sua privatização/concessão.
«Esta situação agrava-se ainda mais no caso dos Serviços Municipalizados de Transportes Colectivos do Barreiro (TCB), que prestam serviço diário a mais de 40 mil utentes e que continuam sem ser justamente compensados pelo serviço público que prestam», salienta a Plataforma, reforçando: «Os TCB são o único operador da Área Metropolitana de Lisboa que não recebe indemnizações compensatórias por manter os preços mais baixos dos operadores metropolitanos de transportes».
Neste sentido, é «imperioso» concretizar as reivindicações exigidas pelas populações e utentes que utilizam, designadamente, a Linha do Sado, os transportes fluviais, os TST, a Fertagus, os TCB e o Metro Sul do Tejo, e que passam, entre outras, pela «reposição das frequências e carreiras», por um «passe social intermodal em todos os operadores da Região de Setúbal e Área Metropolitana de Lisboa» e por «uma política tarifária que maximize a utilização dos parques de estacionamento de apoio às estações multimodais».
Num quadro de acentuada diminuição da oferta em todos os transportes públicos e dos preços incomportáveis para muitos agregados familiares, bem como para as micro, pequenas e médias empresas, para a Plataforma é ainda urgente abolir as portagens na Ponte 25 de Abril e Vasco da Gama, assim como na A2, A33 e A12.
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