Castro Marim: 200 utentes protestaram contra fecho de extensões de saúde
Viajaram de autocarro até Faro para exigir médicos e cuidados básicos
Mais de 200 pessoas, a maioria idosa,
deslocaram-se esta terça-feira em autocarros até Faro (Algarve) para protestar
contra o encerramento das extensões de saúde de Odeleite e do Azinhal, em Castro
Marim, e exigir médicos e cuidados de saúde básicos.
As duas extensões de saúde localizadas na serra algarvia foram encerradas no dia 14 deste mês e a equipa médica - um médico, um enfermeiro e um administrativo - foi transferida para a vila de Castro Marim.
As mais de 1.500 pessoas afetadas, na maioria da terceira idade, ficaram sem serviços médicos próximos, tendo agora de se deslocar à sede do concelho para terem médico, explicou à Lusa o presidente da Junta de Freguesia do Azinhal, António Baltasar.
Miguel Madeira, vogal do conselho diretivo da Administração Regional de Saúde (ARS) Algarve, recebeu hoje dos manifestantes um abaixo-assinado, em Faro, mas disse-lhes que «nenhuma das decisões é irreversível».
Francisco Afonso Pereira, utente da freguesia de Odeleite que gasta 100 euros por mês em medicamentos, era o rosto da indignação dos idosos que vivem num dos concelhos mais desertificados de Portugal. «Não se fecha uma porta sem abrir outra», afirmou, prevendo que, ao chegar ao Centro de Saúde de Castro Marim, lhe digam que «não tem ficha» ou que «a ficha está fechada».
O vogal da ARS disse que as extensões nunca iriam abrir por questões de «mera pressão», mas só depois de verificar, em articulação com os parceiros locais (autarquia), qual a «disponibilidade que existe para garantir» a possibilidade de reabertura dos espaços.
A preocupação subjacente a esta decisão é a de «melhorar as condições de acesso às populações aos cuidados de saúde», acrescentou o responsável.
Miguel Madeira recebeu o abaixo-assinado dos manifestantes e prometeu «analisar o assunto com toda a atenção», adiantando que «muito em breve» as populações serão contactadas para saber um ponto da situação.
Recentemente, o presidente eleito da Câmara de Castro Marim, Francisco Amaral, acusou o Governo de tomar medidas «desumanas» por dar instruções para encerrar as extensões de saúde de freguesias da serra algarvia, como Odeleite e Azinhal.
Aos mais de 200 manifestantes que chegaram a Faro em três autocarros e quatro carrinhas juntou-se a população da freguesia de Vaqueiros, de Alcoutim.
Os participantes empunhavam cartazes com frases de protesto, como «Poupanças na saúde não podem ser cegas. Queremos saúde com dignidade» ou «Toda a população à saúde tem direito. Ao tirarem-nos o médico, faltaram-nos ao respeito».
As duas extensões de saúde localizadas na serra algarvia foram encerradas no dia 14 deste mês e a equipa médica - um médico, um enfermeiro e um administrativo - foi transferida para a vila de Castro Marim.
As mais de 1.500 pessoas afetadas, na maioria da terceira idade, ficaram sem serviços médicos próximos, tendo agora de se deslocar à sede do concelho para terem médico, explicou à Lusa o presidente da Junta de Freguesia do Azinhal, António Baltasar.
Miguel Madeira, vogal do conselho diretivo da Administração Regional de Saúde (ARS) Algarve, recebeu hoje dos manifestantes um abaixo-assinado, em Faro, mas disse-lhes que «nenhuma das decisões é irreversível».
Francisco Afonso Pereira, utente da freguesia de Odeleite que gasta 100 euros por mês em medicamentos, era o rosto da indignação dos idosos que vivem num dos concelhos mais desertificados de Portugal. «Não se fecha uma porta sem abrir outra», afirmou, prevendo que, ao chegar ao Centro de Saúde de Castro Marim, lhe digam que «não tem ficha» ou que «a ficha está fechada».
O vogal da ARS disse que as extensões nunca iriam abrir por questões de «mera pressão», mas só depois de verificar, em articulação com os parceiros locais (autarquia), qual a «disponibilidade que existe para garantir» a possibilidade de reabertura dos espaços.
A preocupação subjacente a esta decisão é a de «melhorar as condições de acesso às populações aos cuidados de saúde», acrescentou o responsável.
Miguel Madeira recebeu o abaixo-assinado dos manifestantes e prometeu «analisar o assunto com toda a atenção», adiantando que «muito em breve» as populações serão contactadas para saber um ponto da situação.
Recentemente, o presidente eleito da Câmara de Castro Marim, Francisco Amaral, acusou o Governo de tomar medidas «desumanas» por dar instruções para encerrar as extensões de saúde de freguesias da serra algarvia, como Odeleite e Azinhal.
Aos mais de 200 manifestantes que chegaram a Faro em três autocarros e quatro carrinhas juntou-se a população da freguesia de Vaqueiros, de Alcoutim.
Os participantes empunhavam cartazes com frases de protesto, como «Poupanças na saúde não podem ser cegas. Queremos saúde com dignidade» ou «Toda a população à saúde tem direito. Ao tirarem-nos o médico, faltaram-nos ao respeito».
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