domingo, 6 de março de 2011

Distrito de Santarém: segurança das populações também é serviço público

Associação Sindical dos Profissionais da Polícia quer mais efectivos e viaturas ao serviço no distrito
O comando distrital de Santarém da PSP precisa de mais efectivos e mais viaturas para garantir a segurança de pessoas e bens. A conclusão parte do presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), Paulo Rodrigues, que na tarde de dia 3 entregou à governadora civil de Santarém uma moção saída do plenário de trabalhadores realizado momentos antes.

“A falta de efectivos é um problema grave para cumprimento da missão. Por outro lado a falta de viaturas é uma lacuna em todos os comandos, e existem muitas dificuldades devido à falta de viaturas policiais e das viaturas táctico policiais para fazer face às necessidades das equipas de intervenção rápida”, comentou Paulo Rodrigues.

Uma dezena de agentes do comando distrital de Santarém da PSP deslocou-se com o presidente da ASPP ao governo civil. Na moção, os polícias voltam a pedir a demissão do ministro da Administração Interna, Rui Pereira.

Segundo Paulo Rodrigues está em causa a aprovação do estatuto profissional dos polícias, diploma que entrou em vigor em 1 de Janeiro de 2010 e que equipara os direitos dos agentes da PSP ao restante quadro da Função Pública.

“Foi aprovado um diploma contra a vontade dos profissionais e não está a ser cumprido na prática. Leva a que se criem situações de ilegalidade com a grande maioria dos agentes colocados numa tabela remuneratória que já foi revogada e uma minoria já na nova tabela, num estrutura hierárquica única, que cria injustiças e alguma instabilidade interna, o que não é nada aconselhável. Queremos que se reponha a legalidade e já interpusemos uma acção em tribunal administrativo para o Governo aplique a lei que aprovou contra a vontade dos polícias”, explicou Paulo Rodrigues.

Convidado a comentar a resolução da Assembleia da República que recomenda ao Governo que adopte medidas de combate e prevenção dos assaltos a ourivesarias, com enfoque nos distritos de Lisboa, Porto, Braga e Setúbal, Paulo Rodrigues considera que não se deve esquecer a realidade de outras regiões do país, como Santarém, onde também aconteceram diversos assaltos violentos. “Hoje pode-se fazer um assalto em Paris e 14 horas depois os criminosos estão em Portugal”, exemplificou.
(in O Mirante)

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