quarta-feira, 30 de março de 2011

SANTARÉM: Nenhum hospital da região tem protocolo para recolher células do cordão umbilical

Nenhum hospital da região tem acordo com o Lusocord, o banco público de sangue do cordão umbilical, para a recolha destas células. A situação não tem inviabilizado a doação por parte das grávidas, mas recentemente uma médica do Hospital de Santarém recusou-se a preencher a entrevista materna onde devem constar informações clínicas que deve ser assinada pelo profissional de saúde e pela dadora. Esse é um dos critérios exigidos para que possa ser recebida a doação das células estaminais. O Lusocord garante que a intenção de doação da grávida vai ser cumprida e já notificou as entidades que tutelam a área para o problema. Rui Pinto Reis, relações públicas do Lusocord, tutelada pelo Ministério da Saúde, classifica esta situação como pontual, até porque têm sido recebidas recolhas feitas no Hospital Distrital de Santarém (HDS). Segundo o Lusocord actualmente existem negociações com os hospitais de Vila Franca de Xira e de Santarém para que o acordo escrito com estas entidades, segundo exigência legal, seja assinado em breve. Por parte do Centro Hospitalar do Médio Tejo, que tem a maternidade no Hospital de Abrantes, ainda não houve resposta. Rui Pinto Reis diz que mesmo não havendo acordo os médicos podem colaborar e é o que tem acontecido, uma vez que o banco público existe há pouco tempo, a legislação é de 2009 e só recentemente passou a ser exigida a entrevista feita pelo médico que tem que colocar a vinheta de profissional de saúde nos documentos. As células do cordão umbilical estão a ser utilizadas no tratamento de doenças malignas do sangue como leucemias, doenças do sistema imunitário, em algumas doenças genéticas, sobretudo do sangue e outras doenças muito raras.

(in Mirante)

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