"Familiares tiveram que comprar almofada para doente porque não havia no Hospital de Santarém"
Notícia O Mirante
Os familiares de um doente de 78 anos internado no Hospital de Santarém para ser submetido a uma cirurgia programada queixam-se que tiveram que ir comprar uma almofada para a cama do paciente porque não havia nenhuma disponível. No mesmo quarto da enfermaria de urologia havia outro doente que também por falta de almofada tinha a cabeça em cima de uma manta enrolada. O administrador do hospital desconhece a situação mas admite que com tantos doentes internados é possível existirem falhas pontuais.
A situação ocorreu, segundo o filho do doente, residente no concelho de Santarém, na segunda-feira 13 de Maio. Conta que ainda andaram à procura de almofadas e que não havia. O filho do doente submetido a uma operação à próstata admite que a situação não é grave, por não estar em causa um tratamento, mas considera que é uma questão de conforto de quem está debilitado.
O presidente do conselho de administração do hospital reconhece que "é sempre possível acontecer casos de pessoas que se sintam insatisfeitas". José Josué justifica que o hospital está a utilizar a sua capacidade em pleno com 373 doentes internados, para além dos doentes que estão no serviço de observação e dos que passam pelas urgências e pelas consultas e tratamentos em ambulatório. Por isso admite poder haver falhas apesar de a unidade de saúde estar a "corresponder às necessidades das populações".
Para o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses esta é uma situação que pode estar relacionada com os cortes na área da saúde e com a possível grande afluência de doentes em determinadas alturas. Helena Jorge, coordenadora regional do sindicato, lembra que a falta de almofadas no Hospital de Santarém era coisa que costumava acontecer nos anos 90.
Helena Jorge diz estar também preocupada com a questão dos stocks de material, consumíveis e medicamentos.
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