sábado, 4 de maio de 2013

Todas as lutas contam (359) - MARINHA GRANDE

Utentes recorrem ao Livro de Reclamações do Centro de Saúde da Marinha Grande

A falta de médicos no Centro de Saúde da Marinha Grande levou a que, ontem, vários pacientes se exaltassem e deixassem escrito no Livro de Reclamações a sua indignação, disse o porta-voz da comissão de utentes.

Luís Guerra Marques explicou à Lusa que, nos últimos meses, tem vindo a aumentar a indignação dos pacientes, por verem reduzir o número de médicos de família.

Dos 40 mil utentes do Centro de Saúde da Marinha Grande, cerca dez mil pessoas não terão médico atribuído, informou ainda Luís Guerra Marques, denunciando também que o Serviço de Atendimento Permanente (SAP) perdeu esta semana um dos dois médicos.

"A falta de médicos começa a retirar capacidade de resposta aos cuidados primários da Marinha Grande. O SAP, que atendia algumas pessoas, ficou sem um médico, o que ainda vai complicar mais", acrescentou.

Luís Guerra Marques sublinhou que o centro de saúde da Marinha Grande "precisa de cinco ou seis médicos".

A "gravidade" da situação motivou uma reunião de urgência entre os membros da Comissão de Utentes, que irão tomar uma "posição" nos próximos dias.

O representante da Associação de Cuidados de Saúde, Fernando Alves, diz compreender a revolta dos utentes: "Não existem médicos que cheguem para todos os utentes. Em Dezembro, já havia cinco mil pessoas sem médico de família e ainda se reformaram mais dois entretanto".

Segundo informou Fernando Alves, quando os utentes sem médico atribuído precisam de consulta são encaminhados para um clínico que tenha vaga.

"O problema é que são tantos os utentes sem médico e não é possível atender todas as necessidades", disse, informando que aguarda pela marcação de uma reunião com o Agrupamento de Centros de Saúde do Pinhal Litoral para obter mais respostas.

Para Fernando Alves, a criação de uma Unidade de Saúde Familiar, que já esteve prevista, resolveria "parte do problema", mas as obras nunca chegaram a avançar.

A agência Lusa tentou obter um esclarecimento do Agrupamento de Centros de Saúde do Pinhal Litoral, mas ainda não obteve resposta.
(in O Mirante)

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