Os carteiros de Rio Maior paralisaram esta terça-feira, 29 de Outubro, para exigirem mais pessoal para o Centro de distribuição onde dizem haver 20 mil cartas por distribuir, mas os CTT dizem que os profissionais são suficientes para o volume de correio.
“Há mais de 20 mil correspondências por distribuir nas freguesias do norte do concelho [de Rio Maior] e os carteiros estão em greve para sensibilizar a população para a falta de meios para fazerem o trabalho com qualidade”, disse à agência Lusa Dina Serrenho, do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT).
A greve, ao período da tarde, foi cumprida por dez dos onze carteiros do Centro de Distribuição de Rio Maior onde, segundo a dirigente sindical, “a distribuição era feita por uma empresa externa”, com a qual os CTT não renovaram o contrato, tendo nos últimos meses a distribuição passado a “ser feita pelos carteiros”.
O problema reside, segundo a mesma responsável, no facto de “não ter havido um período de adaptação” daqueles trabalhadores que “não conhecem os locais onde têm que distribuir o correio” e que são na sua maioria “aldeias sem nomes nas ruas ou números nas casas” o que tem provocado atrasos na entrega da correspondência.
Contactada pela Lusa, fonte da empresa reconheceu a existência de “zonas sem qualquer toponímia”, problema que levou à realização de reuniões com a câmara de Rio Maior e com a junta de freguesia para que seja feita “a regularização urgente”.
Nesse sentido, adiantou fonte da empresa, “vai ser distribuído um folheto a todos os domicílios para que actualizem os seus endereços e solicitem à sua autarquia o nome da rua e número de polícia”.
Enquanto isso, os CTT reforçaram, há cerca de um mês, a equipa de profissionais com “um carteiro em permanência e na maioria dos dias com uma segunda unidade” para “permitir uma aprendizagem das zonas sem toponímia”.
Um reforço considerado insuficiente pelo sindicato mas que a empresa considera ser adequado.
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