NOTA do MUSP SANTARÉM:
No serviço público de Segurança Social, de que é ministro Mota Soares, do CDS/PP, apenas nas declarações públicas se nota preocupação pelas pessoas, porque na prática é que se vê: redução de tudo o que é prestação social (subsídio de doença, subsídio de desemprego, reformas, ...); destruição das infraestruturas de apoio às populações mais isoladas; concentração de benesses a entidades privadas e sociais, sem resultados evidentes e apenas como forma de caridosamente limpar algumas feridas, na doença geral que é a sua governação.
Urge fazer tudo para demitir este governo para acabar com estas políticas de destruição dos serviços públicos e da vida das populações.
A nossa solidariedade para com as populações e autarcas envolvidas nesta onda de encerramentos!
muspsantarém
2.11.2013
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"Fecho de serviços da Segurança Social apanha de surpresa autarcas do Médio Tejo"
O encerramento das Tesourarias dos Postos Locais de Atendimento da Segurança Social apanhou hoje de surpresa as populações de Barquinha, Sardoal e Constância, com os respetivos autarcas a manifestarem "indignação" pela falta de diálogo no processo.
O encerramento das Tesourarias dos Postos Locais de Atendimento da Segurança Social apanhou hoje de surpresa as populações de Barquinha, Sardoal e Constância, com os respetivos autarcas a manifestarem "indignação" pela falta de diálogo no processo.
Em comunicado conjunto, assinado pelos presidentes daquelas três autarquias do Médio Tejo, o socialista Fernando Freire (Barquinha), a comunista Júlia Amorim (Constância) e o social-democrata Miguel Borges (Sardoal) afirmam que apenas tiveram conhecimento do encerramento dos serviços a 1 de novembro na reunião realizada na quinta-feira, 31 de outubro, em sede da Comunidade Intermunicipal.
Uma medida que "repudiam por entenderem lesiva" dos interesses dos seus munícipes.
"O encerramento destes serviços é mais um abrupto golpe no interior do nosso país e apresentamos, igualmente, a nossa indignação pelo facto destes municípios não terem sido previamente auscultados sobre o assunto, uma vez que cremos que teria sido possível encontrar uma solução, como já aconteceu em outros casos, que evitasse o fim deste serviço, em prol do bem-estar dos nossos munícipes", pode ler-se no comunicado.
"Lamentamos que o Governo não tenha tido consciência de que estamos a referir-nos a concelhos do interior, com uma população maioritariamente envelhecida e servidos por um fraco serviço de transportes públicos", observam ainda.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara da Barquinha confirmou que os serviços já não funcionaram no dia de hoje, tendo feito notar que muitos munícipes lavraram o seu protesto no livro de reclamações da Segurança Social.
"É lamentável esta falta de diálogo e encerramento de mais um serviço que, com a deslocalização de pagamentos para os CTT e multibanco, perde em qualidade e fiabilidade de serviço", vincou Fernando Freire.
Em Vila Nova da Barquinha, apontou, cerca de duas centenas de utentes utilizavam os balcões da Segurança Social para aquele serviço, desde trabalhadores independentes, domésticos, de serviços de voluntariado e reposição de prestações indevidas, entre outras, apresentando uma movimentação financeira na ordem dos 25 a 30 mil euros por mês.
"A poupança que o encerramento deste serviço pode gerar não justifica a medida, muito menos sem ouvirem os autarcas", disse à Lusa, por sua vez, a presidente da Câmara de Constância.
"Sem uma rede de transportes adequada, é mais uma vez uma franja da população que está mais exposta e é mais envelhecida que vai arcar com as consequências, até pela falta de uma rede de transportes adequada às necessidades desta região", defendeu Júlia Amorim.
O presidente da Câmara de Sardoal, por sua vez, disse à Lusa "recear" pelo impacto desta medida e de outras que possam surgir daqui para a frente.
"Não faz sentido estar a esvaziar de serviços os concelhos do interior e temos de nos unir para manter serviços de qualidade e de proximidade, a bem de municípios que tenham vida e tenham gente", defendeu Miguel Borges.
A agência Lusa tentou falar com o presidente do Centro Distrital da Segurança Social de Santarém, mas sem sucesso.
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