Comissão de Utentes da ponte Eiffel não considera piso do tabuleiro seguro
Escrito por Sonia Sá (geicefm)
Qui, 27 de Janeiro de 2011 16:33
A Comissão de Utentes da Ponte Eiffel, em Viana do Castelo, não considera o novo piso da ponte seguro. O tabuleiro rodoviário da ponte Eiffel de Viana do Castelo, que reabriu em Outubro de 2007 esteve esta quinta-feira com trânsito condicionado, para estudo dos problemas do piso. Desde as obras em 2007, que implicaram o corte na circulação durante 21 meses, o tabuleiro rodoviário da Ponte Eiffel, em Viana do Castelo, já esteve por diversas vezes com trânsito cortado ou condicionado, por causa de problemas relacionados com o pavimento, que se apresenta escorregadio e constantemente descascado.
Logo um ano após a reabertura do tabuleiro, a circulação rodoviária na ponte esteve condicionada durante 15 dias para reparação de anomalias no pavimento. Em Junho de 2010, o tabuleiro voltou a estar cortado durante uma semana, para uma intervenção idêntica. Também há registo de um corte da circulação por causa da acumulação de gelo, uma situação que, segundo a Comissão de Utentes, nunca se tinha registado até à colocação do novo pavimento. A ponte também já foi palco de dois acidentes invulgares, com os automóveis a galgarem passeios, derrubarem o gradeamento e a caírem: um em plena cidade, outro em cima da linha de caminho de ferro.
Rocha Neves, porta-voz da comissão de utentes da ponte, diz que o novo piso “não é seguro”. Os acidentes têm sido frequentes e a comissão considera que o piso se deteriora rapidamente. Rocha Neves diz ainda que o piso anterior era mais aderente e mais resistente. A ponte tem 132 anos e é atravessada diariamente por cerca de 12.500 viaturas. Esta quinta-feira, durante quatro horas, o trânsito voltou a estar condicionado, para realização de ensaios por especialistas da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e da Refer, de forma a avaliar as patologias do pavimento. O objectivo é encontrar uma explicação para a rápida degradação do piso e uma solução para o problema, que a FEUP deverá apresentar até ao final do primeiro semestre deste ano.
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