quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Todas as lutas contam (39) - LISBOA /fte Assemb República



Milhares de trabalhadores e utentes contra o Orçamento do Estado

Milhares de pessoas levaram ontem de manhã, para o largo frente à Assembleia da República, justos motivos de protesto contra o Orçamento do Estado para 2012, que estava a ser discutido no Parlamento e que iria ser aprovado pela maioria PSD/CDS-PP, com a comprometida abstenção do PS.
A concentração foi convocada pelas uniões de sindicatos de Lisboa e de Setúbal, da CGTP-IN, mas os apelos e a mobilização alargaram-se ao Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Autarquias Locais (que integrou esta luta numa acção a nível europeu), do encontro regional de eleitos de autarquias (municípios e freguesias) do distrito de Setúbal e de outras estruturas e instituições, envolvendo representações vindas de outros distritos.
A convergência de tão diferentes como justos motivos de rejeição do OE reflectiu-se nas intervenções feitas da tribuna, no largo fronteiro às escadarias do Palácio de São Bento: Francisco Braz, presidente do STAL/CGTP-IN; Carlos Braga, dirigente do Movimento de Utentes de Serviços Públicos; Carlos Humberto, presidente da Câmara Municipal do Barreiro e da Junta Metropolitana de Lisboa; António Danado, presidente da Junta de Freguesia de Nossa Senhora da Vila (Montemor-o-Novo), em representação dos eleitos das freguesias do Alentejo; e Arménio Carlos, membro da Comissão Executiva da CGTP-IN.
Para a concentração, confluíram três desfiles, que partiram do Largo do Rato, da Basílica da Estrela e do Largo de Santos.
Estiveram em destaque, nas palavras de ordem, cartazes e faixas, os ataques aos direitos e à remuneração dos trabalhadores, designadamente por via do assalto aos subsídios de Natal e de férias e através do aumento da semana de trabalho em duas horas e meia por semana. Muitos manifestantes transportavam igualmente mensagens contra a extinção de freguesias, contra o encerramento de serviços de saúde e contra o aumento dos encargos dos utentes, em defesa dos serviços públicos.
Foi afirmada a determinação de prosseguir a luta, contra o OE, contra a política que este reflecte e por uma ruptura, que retire o País do caminho do caos e promova o desenvolvimento e a justiça social, garantindo a soberania nacional. A próxima grande jornada será a semana de luta que a CGTP-IN convocou para os dias 12 a 17 de Dezembro.

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