sábado, 3 de dezembro de 2011

Todas as lutas contam (46) - OESTE


Protestos contra fim do serviço de passageiros no Oeste
3 de Dezembro, 2011
Cerca de uma centena de manifestantes protestaram hoje, nas Caldas da Rainha, contra o fim do transporte de passageiros na Linha do Oeste, que consideram destruir empregos e o desenvolvimento económico da região.
«Ao acabar com o serviço de passageiros [entre as Caldas da Rainha e Figueira da Foz] o Governo está a destruir empregos e o desenvolvimento económico», afirmou José Rui Raposo, da Comissão de Defesa da Linha do Oeste, nas Caldas da Rainha, onde esta manhã teve lugar uma manifestação contra o fim do serviço de passageiros na Linha do Oeste.

A desactivação do serviço de transporte de passageiros na Linha do Oeste, entre Caldas da Rainha e Figueira da Foz, era uma das medidas do Plano Nacional de Transportes anunciadas e que devia entrar em vigor no final de 2011, mantendo-se a linha activa para o transporte de mercadorias e sendo assegurado transporte rodoviário alternativo.

Concentrados simbolicamente em frente à estação da CP das Caldas da Rainha, cerca de uma centena de pessoas reclamou a manutenção dos comboios de passageiros entre Caldas da Rainha e Figueira da Foz, considerando que «o transporte rodoviário não é uma alternativa viável», sobretudo devido ao aumento dos custos e do tempo de percurso.

Ao protesto marcado pela comissão de defesa e uma comissão de utentes responderam esta manhã sobretudo trabalhadores que utilizam a linha nas deslocações para os empregos e doentes que usam o comboio para se deslocarem às consultas.

«A nível rodoviário a oferta é muito fraca e precisamos deste meio de transporte para trabalhar», alertou Sara Esteves, da comissão de utentes que tem a decorrer um baixo assinado para entregar ao Governo e tentar travar a decisão de suprimir os comboios de passageiros.

O protesto contou com a participação de elementos da direcção do Partido os Verdes, PCP e Bloco de Esquerda e culminou com o apelo a que sejam criados grupo de protesto que participem nas acções que as duas comissões vão continuar a organizar.

Isto porque, apesar de o Governo ter adiado a decisão de acabar com o comboio de passageiros até final do ano, «esta batalha não está ganha», sublinhou Rui Raposo para quem «a Linha do Oeste só tem viabilidade se for requalificada», como a comissão de defesa tem reclamado nos últimos anos.

Lusa/SOL

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