Uma quantidade assinalável de automobilistas opta por utilizar as estradas secundárias do Médio Tejo, em detrimento do pagamento de portagens na A23, utilizando mapas, jornais e perguntando por rotas alternativas.
A cobrança de portagens na A23 originou um aumento «avassalador» do volume de tráfego no interior de aldeias, vilas e cidades, como Atalaia, Montalvo, Barquinha, Constância ou Abrantes, gerador de preocupação e apreensão pela população e autarcas.
Os automobilistas, em percurso longo ou curto, optam na sua maioria por utilizar as estradas alternativas, perguntando pela melhor forma de «escapar» aos pórticos, lendo mapas, ou ainda folheando um jornal de referência do Ribatejo, que esgotou em alguns locais por fazer do caso manchete e ensinar a «Viajar à borla na A23».
Depois de ter conseguido evitar alguns dos pórticos instalados entre Atalaia e Constância, Vítor Grácio saiu da auto-estrada para procurar novas vias alternativas e «escapar» assim aos três pórticos instalados entre Constância e Abrantes.
À pergunta feita a um transeunte surgiu a resposta célere: «Ó amigo, vá aqui pela estrada de Montalvo e vai ter a Abrantes. Depois segue e logo vê. Assim escapa a mais uns pagamentos, que é o que toda a gente tem feito».
Em declarações à Lusa, Vítor assegurou existir «muito menos trânsito na A23», tendo referido que o percurso por dentro das povoações é «muito mais barato mas começa a ficar atrofiado, por causa dos camiões».
Maria Teodósio, residente na freguesia de Atalaia, disse, por sua vez, que o tráfego aumentou «da noite para o dia».
«Desde que puseram as portagens que tem sido uma calamidade», assegurou, tendo o receio de acidentes por «excesso de velocidade».
O presidente da junta de Atalaia, Nuno Gameiro, considerou o aumento de tráfego «brutal», sendo que a introdução de portagens é algo que define como uma «regressão de mais de 20 anos», em termos financeiros, de qualidade de vida, morosidade e segurança das pessoas.
«Desde o início de Novembro, com a introdução de portagens na A13, e ainda mais agora com a A23, o tráfego de ligeiros aumentou 70 por cento no interior da aldeia e em 50 por cento o de pesados», observou.
Contactado pela Lusa, o vice presidente da Câmara da Barquinha, Fernando Freire, considerou a situação «calamitosa» para as populações, tendo anunciado a interposição de uma acção judicial para a suspensão da cobrança de portagens na A13.
O autarca adiantou que «a junta de Atalaia e a câmara municipal decidiram instaurar nos órgãos competentes uma acção que visa a suspensão da cobrança de portagens e a devolução do dinheiro que os utentes já pagaram, indevidamente», defendeu.
(in TVI)
A cobrança de portagens na A23 originou um aumento «avassalador» do volume de tráfego no interior de aldeias, vilas e cidades, como Atalaia, Montalvo, Barquinha, Constância ou Abrantes, gerador de preocupação e apreensão pela população e autarcas.
Os automobilistas, em percurso longo ou curto, optam na sua maioria por utilizar as estradas alternativas, perguntando pela melhor forma de «escapar» aos pórticos, lendo mapas, ou ainda folheando um jornal de referência do Ribatejo, que esgotou em alguns locais por fazer do caso manchete e ensinar a «Viajar à borla na A23».
Depois de ter conseguido evitar alguns dos pórticos instalados entre Atalaia e Constância, Vítor Grácio saiu da auto-estrada para procurar novas vias alternativas e «escapar» assim aos três pórticos instalados entre Constância e Abrantes.
À pergunta feita a um transeunte surgiu a resposta célere: «Ó amigo, vá aqui pela estrada de Montalvo e vai ter a Abrantes. Depois segue e logo vê. Assim escapa a mais uns pagamentos, que é o que toda a gente tem feito».
Em declarações à Lusa, Vítor assegurou existir «muito menos trânsito na A23», tendo referido que o percurso por dentro das povoações é «muito mais barato mas começa a ficar atrofiado, por causa dos camiões».
Maria Teodósio, residente na freguesia de Atalaia, disse, por sua vez, que o tráfego aumentou «da noite para o dia».
«Desde que puseram as portagens que tem sido uma calamidade», assegurou, tendo o receio de acidentes por «excesso de velocidade».
O presidente da junta de Atalaia, Nuno Gameiro, considerou o aumento de tráfego «brutal», sendo que a introdução de portagens é algo que define como uma «regressão de mais de 20 anos», em termos financeiros, de qualidade de vida, morosidade e segurança das pessoas.
«Desde o início de Novembro, com a introdução de portagens na A13, e ainda mais agora com a A23, o tráfego de ligeiros aumentou 70 por cento no interior da aldeia e em 50 por cento o de pesados», observou.
Contactado pela Lusa, o vice presidente da Câmara da Barquinha, Fernando Freire, considerou a situação «calamitosa» para as populações, tendo anunciado a interposição de uma acção judicial para a suspensão da cobrança de portagens na A13.
O autarca adiantou que «a junta de Atalaia e a câmara municipal decidiram instaurar nos órgãos competentes uma acção que visa a suspensão da cobrança de portagens e a devolução do dinheiro que os utentes já pagaram, indevidamente», defendeu.
(in TVI)
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