terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Todas as lutas contam (84) - MÉDIO TEJO

Comunicado sobre o anunciado encerramen​to de Extensões de
Saúde no Médio Tejo

MAIS DIFICULDADES NO ACESSO A CUIDADOS DE SAÚDE, VÃO PROVOCAR MAIS SOFRIMENTO
AOS DOENTES E À POPULAÇÃO EM GERAL

Com tanto desemprego é inadmissível, o anunciado encerramento de alguns serviços de saúde de proximidade, a partir de 1 de Janeiro, por falta de enfermeiros e administrativos!

É com séria apreensão que a CUSMT constata que há o sério perigo de muitas Extensões de Saúde da Região do Médio Tejo (e não só) encerrarem a partir de 1 de Janeiro. Os concelhos mais afectados serão Abrantes, Ourém, Torres Novas e Alcanena.

Dos diversos contactos com responsáveis da saúde, nomeadamente com o Vice-Presidente da ARSLVT, Dr. Luis Pisco, feitos recentemente por estruturas de utentes, autarcas e sindicatos, apenas se pode concluir que não há solução para a substituição dos profissionais (médicos, enfermeiros e administrativos) cujos contratos de prestação de serviços acabam no fim do ano (alguns por imposição de normas governamentais).

Hipocritamente o Ministério da Saúde aumenta as taxas moderadoras dizendo, entre outros argumentos, que é para moderar o acesso às urgências hospitalares, como não soubesse que não há cuidados de saúde de proximidade suficientes. A situação tende a piorar a breve prazo, com a impossibilidade de manter abertas dezenas de Extensões de Saúde por falta de recursos humanos e, eventualmente, com o levantamento de obstáculos no acesso às urgências hospitalares do CHMT, cuja reorganização foi anunciada e com a qual não concordamos se afectar a qualidade e proximidade.

Há quem defenda que a centralização de serviços melhora a sua qualidade. Puro engano, pois a facilidade de acesso também é o factor para avaliar da qualidade. Com populações envelhecidas e solitárias, com poucos rendimentos, sem transporte próprio e/ou público, e com portagens rodoviárias,… a prestação de cuidados de saúde fica prejudicada. Mais, vai aumentar o sofrimento das pessoas e vai crescer a médio prazo a despesa do SNS.

Alertamos todos os autarcas do Médio Tejo para a possibilidade de os responsáveis locais, regionais e nacionais poderem pôr em prática a política do “facto consumado”. Encerram serviços sem aviso prévio e sem qualquer tentativa de procurar alternativas para minorar as nefastas consequências para as populações.
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Promoveremos e apoiaremos (p. e. na TERÇA-FEIRA, das 18,30 às 21,00 horas, vai realizar-se uma VIGILIA em MONTALVO, concelho de Constância) todas as iniciativas que visem o reforço da prestação de cuidados de saúde de proximidade.

A Comissão de Utentes da Saúde
do Médio Tejo
Médio Tejo, 19.12.2011

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