quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

ACES da Lezíria II pede mais 20 médicos (in O RIBATEJO)


Publicado por Bruno Oliveira twitter, Últimas Quarta-feira, Janeiro 4th, 2012


No dia em que centenas de utentes de Alpiarça, Vale de Cavalos (Chamusca) e Benavente saíram à rua em defesa dos cuidados de saúde primários, a coordenadora do ACES Lezíria II, Luísa Portugal, reconheceu em declarações à Lusa que a situação atual não é a melhor para os utentes e que “precisava de mais uns 20 médicos” para resolver a situação na sua zona de abrangência. Apesar disso, Luísa Portugal garantiu que “nenhum centro ou extensão de saúde vai encerrar naqueles três concelhos. “Em Benavente trabalhamos com uma empresa prestadora de serviços e até dia 31 de julho os cuidados de saúde estão assegurados”, afirmou, tendo acrescentado que o problema também não se coloca em Alpiarça. “O contrato celebrado com os dois médicos cubanos só acaba em agosto do próximo ano, e por aí também não há problema”, vincou. Em Santo Estêvão e na Chamusca o regime de trabalho é na base das horas extraordinárias, tendo referido que, “após denúncia contratual” do médico ali colocado, as horas de serviço foram repartidas por todos os profissionais que ficaram a prestar serviço. “Em Vale de Cavalos o médico começará a exercer na segunda-feira, sob o mesmo figurino se os danos provocados por atos de vandalismo naquela extensão de saúde estiverem reparados, nomeadamente ao nível informático”, concluiu.

Os utentes que saíram à rua manifestaram-se pela reposição de medidas que salvaguardem a prestação de cuidados primários naqueles concelhos. Domingos David, porta-voz destes utentes, disse à Lusa que as concentrações visaram chamar a atenção do Governo para que este “adote medidas sensatas e humanas que salvaguardem a prestação de cuidados primários” nestes concelhos. Em Alpiarça, a população está receosa de começar o novo ano com menos dois médicos cubanos. “O contrato deles caduca no fim deste mês e não existe nenhuma garantia de que venham a ser rendidos”, afirmou Domingos David. Segundo o mesmo responsável, no concelho de Benavente decorreu ao final da tarde uma concentração e vigília que reuniu “algumas dezenas” de pessoas”, alertando para o perigo de encerramento das extensões de saúde de Porto Alto e de Santo Estêvão, e o Serviço de Atendimento Permanente (SAP). “Se tais encerramentos se concretizarem o Centro de Saúde de Benavente entrará em rutura funcional com mais de 11.000 utentes sem médico de família e sem SAP onde recorrerem para as consultas de recurso”. Ainda esta tarde, em Vale de Cavalos, Chamusca, algumas pessoas colocaram faixas contra o encerramento da respetiva extensão de saúde, alegando que o concelho “pode já ter perdido um médico costa-riquenho”, que foi passar o Natal a casa e que terá declarado não tencionar regressar.

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