Utentes dos transportes dizem que aumentos favorecem a privatização
Publicado ontem (jn)
O Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos classificou, esta segunda-feira, os aumentos dos transportes anunciados pelo Governo como "um roubo ao povo", com o objectivo de levar à privatização das empresas.
"São medidas meramente economicistas, exigidas pelos grandes grupos económicos que apontam no sentido da privatização das empresas de transportes públicos. Irá pôr centenas, senão mesmo, mais de um milhar de postos de trabalho em causa", acusou esta manhã Carlos Braga durante uma ação de protesto na estação de Alverca.
Em declarações à Agência Lusa, o porta-voz do Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos (MUSP), defendeu outro caminho. "As alternativas existem se houver uma outra opção política por parte do Governo. Se as decisões, em vez de irem ao encontro do capital, tiverem em conta as necessidades dos utentes e dos trabalhadores, serão encontradas alternativas diferentes destas", afirmou.
Carlos Braga criticou os constantes aumentos dos transportes públicos, "o terceiro num prazo de 13 meses", havendo casos em que há títulos dos transportes, ao nível dos passes sociais e dos bilhetes, com "aumentos muito significativos que em algumas situações ultrapassam os 100%".
O MUSP não aceita o caminho que está a ser seguido. "Rejeitamos liminarmente os aumentos e as medidas que o Governo, através de um grupo por si constituído, decidiu aplicar na circulação dos transportes, reduzindo a sua oferta. São medidas que penalizam gravemente os utentes e os trabalhadores", salientou o porta-voz.
O "encerramento de linhas férreas, a supressão de carreiras, o encurtamento e a alteração dos percursos" não são, segundo o responsável, "medidas alternativas que se considerem como válidas para que as pessoas procurem cada vez mais os transportes colectivos de passageiros".
No entender de Carlos Braga, estas medidas têm um efeito contrário que levarão as pessoas a afastarem-se cada vez mais dos transportes públicos.
"Irá levar ao aumento da circulação de transporte individual e do consumo de combustíveis com prejuízos para o ambiente, para a própria economia nacional e para as pessoas que também gastam mais tempo nas suas deslocações", defendeu.
O Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos agendou, para os próximos dias, várias iniciativas de protesto junto a terminais rodo-ferroviários com o objectivo de manifestarem a sua oposição face aos aumentos, e às medidas propostas pelo grupo de trabalho no plano estratégico dos transportes para a Área Metropolitana de Lisboa.
Numa folha A4 entregue aos passageiros que durante esta manhã entravam na estação de comboios de Alverca, o MUSP faz ainda apelo à "participação de todos na grande manifestação nacional convocada pela CGTP-IN para próximo 11 de Fevereiro às 15 horas".
Publicado ontem (jn)
O Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos classificou, esta segunda-feira, os aumentos dos transportes anunciados pelo Governo como "um roubo ao povo", com o objectivo de levar à privatização das empresas.
"São medidas meramente economicistas, exigidas pelos grandes grupos económicos que apontam no sentido da privatização das empresas de transportes públicos. Irá pôr centenas, senão mesmo, mais de um milhar de postos de trabalho em causa", acusou esta manhã Carlos Braga durante uma ação de protesto na estação de Alverca.
Em declarações à Agência Lusa, o porta-voz do Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos (MUSP), defendeu outro caminho. "As alternativas existem se houver uma outra opção política por parte do Governo. Se as decisões, em vez de irem ao encontro do capital, tiverem em conta as necessidades dos utentes e dos trabalhadores, serão encontradas alternativas diferentes destas", afirmou.
Carlos Braga criticou os constantes aumentos dos transportes públicos, "o terceiro num prazo de 13 meses", havendo casos em que há títulos dos transportes, ao nível dos passes sociais e dos bilhetes, com "aumentos muito significativos que em algumas situações ultrapassam os 100%".
O MUSP não aceita o caminho que está a ser seguido. "Rejeitamos liminarmente os aumentos e as medidas que o Governo, através de um grupo por si constituído, decidiu aplicar na circulação dos transportes, reduzindo a sua oferta. São medidas que penalizam gravemente os utentes e os trabalhadores", salientou o porta-voz.
O "encerramento de linhas férreas, a supressão de carreiras, o encurtamento e a alteração dos percursos" não são, segundo o responsável, "medidas alternativas que se considerem como válidas para que as pessoas procurem cada vez mais os transportes colectivos de passageiros".
No entender de Carlos Braga, estas medidas têm um efeito contrário que levarão as pessoas a afastarem-se cada vez mais dos transportes públicos.
"Irá levar ao aumento da circulação de transporte individual e do consumo de combustíveis com prejuízos para o ambiente, para a própria economia nacional e para as pessoas que também gastam mais tempo nas suas deslocações", defendeu.
O Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos agendou, para os próximos dias, várias iniciativas de protesto junto a terminais rodo-ferroviários com o objectivo de manifestarem a sua oposição face aos aumentos, e às medidas propostas pelo grupo de trabalho no plano estratégico dos transportes para a Área Metropolitana de Lisboa.
Numa folha A4 entregue aos passageiros que durante esta manhã entravam na estação de comboios de Alverca, o MUSP faz ainda apelo à "participação de todos na grande manifestação nacional convocada pela CGTP-IN para próximo 11 de Fevereiro às 15 horas".
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