Activistas do Ramal da Lousã reforçam Acampada em concentração sobre transportes públicos
19.01.2012 - 20:48 Por Lusa(in Público)
Activistas do Movimento de Defesa do Ramal da Lousã (MDRL) juntaram-se nesta quinta-feira aos membros da Acampada Coimbra, que se manifestavam na cidade contra os aumentos dos bilhetes e passes nos transportes públicos.
Às 17h00, hora prevista para iniciar o plenário de utentes dos transportes públicos, na Estação Nova (estação ferroviária de Coimbra A), convocada pela Assembleia Popular da Acampada, o número reduzido de pessoas decididas a participar na reunião foi reforçado com a chegada de alguns activistas do MDRL.
De megafone em punho, uma militante da Acampada começou por enunciar aos muitos passageiros que chegavam à gare ou que corriam para o próximo comboio as razões do plenário: “discutir e definir acções de luta contra os aumentos e a extinção de horários, carreiras e passes sociais, assim como contra as privatizações planeadas” para o setor.
“Os preços dos passes e das viagens continuam a aumentar, tanto na região de Coimbra como a nível nacional”, o que constitui “mais uma machadada” do Governo “a juntar aos cortes nos salários, pensões e subsídios, aos aumentos descarados do IVA e das taxas moderadoras na saúde e à extinção das SCUT” (auto-estradas sem custos para o utilizador), afirmou.
Francisco Norega, um dos mais activos membros da Acampada Coimbra, defendeu que o plenário deveria realizar-se com qualquer número de participantes. “É responsabilidade da população participar ou não”, declarou o jovem aos jornalistas.
Frisando que o fazia a título pessoal, Francisco Norega admitiu que, na sua maioria, “as pessoas estarão alheadas” da questão dos transportes públicos, à semelhança de outros problemas sociais.
Os responsáveis do MDRL, que têm vindo a criticar o desmantelamento da ferrovia para nela acolher o metro, apressaram-se a expor na gare de Coimbra A vários cartazes com frases alusivas à sua causa. “Acabem com a treta (e mama) do metro. Reponham ferrovia Coimbra - Serpins”, lia-se numa das placas.
Álvaro Santos era um dos mais atarefados membros do MDRL, na colocação de cartazes, incluindo alguns com frases dirigidas a Álvaro Santos Pereira, ministro da Economia e Obras Públicas.
“Senhor ministro, afaste-se de negócios ruinosos”, apelava ainda o movimento. Num outro cartaz, o MDRL sugeria que as Unidades Triplas Eléctricas (UTE) “aguardam avanço” para o Ramal da Lousã, exigindo a Álvaro Santos Pereira a reposição dos comboios após a electrificação da linha Coimbra - Serpins.
Álvaro Santos lamentou aos jornalistas que o projecto do metro tenha sido “feito só para benefício de alguns”, numa alusão ao facto de o comboio ter acabado naquela linha e não ter avançado o metro, como prometido por sucessivos governos.
“O comboio é o transporte público do futuro, o que mais barato fica e o que melhor serve as pessoas”, disse.
Por seu turno, a Acampada afirma, num panfleto distribuído aos utentes, que “a mobilidade não é um luxo ou um capricho, é um direito básico das populações”.
“A deterioração desse direito é mais um passo no sentido do retrocesso social e do agravamento das desigualdades”, segundo o documento.
19.01.2012 - 20:48 Por Lusa(in Público)
Activistas do Movimento de Defesa do Ramal da Lousã (MDRL) juntaram-se nesta quinta-feira aos membros da Acampada Coimbra, que se manifestavam na cidade contra os aumentos dos bilhetes e passes nos transportes públicos.
Às 17h00, hora prevista para iniciar o plenário de utentes dos transportes públicos, na Estação Nova (estação ferroviária de Coimbra A), convocada pela Assembleia Popular da Acampada, o número reduzido de pessoas decididas a participar na reunião foi reforçado com a chegada de alguns activistas do MDRL.
De megafone em punho, uma militante da Acampada começou por enunciar aos muitos passageiros que chegavam à gare ou que corriam para o próximo comboio as razões do plenário: “discutir e definir acções de luta contra os aumentos e a extinção de horários, carreiras e passes sociais, assim como contra as privatizações planeadas” para o setor.
“Os preços dos passes e das viagens continuam a aumentar, tanto na região de Coimbra como a nível nacional”, o que constitui “mais uma machadada” do Governo “a juntar aos cortes nos salários, pensões e subsídios, aos aumentos descarados do IVA e das taxas moderadoras na saúde e à extinção das SCUT” (auto-estradas sem custos para o utilizador), afirmou.
Francisco Norega, um dos mais activos membros da Acampada Coimbra, defendeu que o plenário deveria realizar-se com qualquer número de participantes. “É responsabilidade da população participar ou não”, declarou o jovem aos jornalistas.
Frisando que o fazia a título pessoal, Francisco Norega admitiu que, na sua maioria, “as pessoas estarão alheadas” da questão dos transportes públicos, à semelhança de outros problemas sociais.
Os responsáveis do MDRL, que têm vindo a criticar o desmantelamento da ferrovia para nela acolher o metro, apressaram-se a expor na gare de Coimbra A vários cartazes com frases alusivas à sua causa. “Acabem com a treta (e mama) do metro. Reponham ferrovia Coimbra - Serpins”, lia-se numa das placas.
Álvaro Santos era um dos mais atarefados membros do MDRL, na colocação de cartazes, incluindo alguns com frases dirigidas a Álvaro Santos Pereira, ministro da Economia e Obras Públicas.
“Senhor ministro, afaste-se de negócios ruinosos”, apelava ainda o movimento. Num outro cartaz, o MDRL sugeria que as Unidades Triplas Eléctricas (UTE) “aguardam avanço” para o Ramal da Lousã, exigindo a Álvaro Santos Pereira a reposição dos comboios após a electrificação da linha Coimbra - Serpins.
Álvaro Santos lamentou aos jornalistas que o projecto do metro tenha sido “feito só para benefício de alguns”, numa alusão ao facto de o comboio ter acabado naquela linha e não ter avançado o metro, como prometido por sucessivos governos.
“O comboio é o transporte público do futuro, o que mais barato fica e o que melhor serve as pessoas”, disse.
Por seu turno, a Acampada afirma, num panfleto distribuído aos utentes, que “a mobilidade não é um luxo ou um capricho, é um direito básico das populações”.
“A deterioração desse direito é mais um passo no sentido do retrocesso social e do agravamento das desigualdades”, segundo o documento.
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