sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Decisões contraditórias do Ministério da Saúde provoca mais sofrimento às populações

Presidente do Conselho da ACES Guimarães/Vizela pede demissão
06/01/2012 - 08:29

O presidente do Conselho da Comunidade de Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) Guimarães/Vizela, Dinis Costa, anunciou esta quinta-feira ter pedido demissão em sinal de discordância com a suspensão do alargamento do horário assistencial nas Unidades de Saúde Familiares (USF), avança a agência Lusa.

Esta suspensão, decidida pela Administração Regional de Saúde do Norte (ARS- N), foi dada a conhecer por despacho no dia 03.

Em comunicado, Dinis Costa, que é também presidente da Câmara Municipal de Vizela, comunica a decisão de deixar a presidência do Conselho da Comunidade do ACES Guimarães / Vizela.


Segundo explica o comunicado, Dinis Costa "sai em discordância com a decisão da ARS-N" de suspender a realização do alargamento do horário assistencial aos sábados, domingos e feriados em todas as Unidades de Saúde Familiares do ACES e nos dias úteis das 20 às 22 horas, no caso particular das USF's Physis e Novos Rumos".

No entanto, adianta o comunicado, "Dinis Costa já comunicou, oficialmente, a sua indignação ao ministério da Saúde e à ARS-N", tendo mesmo "solicitado que o despacho seja anulado".

O comunicado salienta ainda que com esta decisão Vizela fica "sem consultas no Centro de Saúde ao fim de semana e feriados, pelo que os doentes terão que se deslocar ao Centro Hospitalar do Alto Ave ou a privados".

Já no dia 04, Dinis Costa acusou o Governo de "tratar os portugueses como cidadãos de segunda" por causa da referida suspensão.

"O Governo continua a tratar os portugueses como cidadãos de segunda", acusa, apontando também o "aumento das taxas moderadoras" como exemplo.

À data, o autarca salientou que esta decisão da ARS-N foi tomada à sua "revelia", explicando que teve dela conhecimento "após a assinatura do despacho".

Dinis Costa afirmou estar "preocupado" com esta atitude da ARS-N pois "favorece apenas os privados".

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