sábado, 19 de novembro de 2011

Todas as lutam contam (29) - ALGARVE

Plataforma anti-portagens na Via do Infante apelou a Cavaco Silva para não promulgar decreto
Movimentos falam em “razões de equidade, coesão, segurança e periferismo”

A plataforma anti-portagens na Via do Infante, que integra quatro grupos e associações, apelou hoje ao Presidente da República para não promulgar o decreto de início da cobrança de portagens na A22, por “razões de equidade, coesão, segurança e periferismo”, justificaram.

A Comissão de Utentes da Via do Infante, o grupo Algarve – Portagens na A22 – Não!, os CFC – Movimento Com Faro no Coração e o Moto Clube de Faro decidiram fazer o apelo a Cavaco Silva na sequência do pedido de esclarecimentos sobre a matéria que o chefe de Estado dirigiu ao governo.

A plataforma considera que a cobrança de portagens na Via do Infante seria “uma desgraça para a região”, que atravessa “uma profunda crise”, que será agravada com o aumento do IVA.

“Este apelo não é feito na perspectiva do Algarve ter um tratamento privilegiado em relação a outras regiões. Pelo contrário, é feito para garantir os princípios da equidade e da coesão nacional, que obrigam a que se trate de modo diferente o que é diferente.

Os movimentos resumem em quatro pontos “as diferenças e especificidades do Algarve” que fundamentam o apelo: na maior parte da sua extensão, a Via do Infante ter sido construída com apoios comunitários; não se pode considerar sequer uma auto-estrada, sendo o piso e traçado inseguros e perigosos; a EN 125, com ou sem requalificação, será sempre uma “estrada da morte”, o que é “inaceitável pelos perigos para a vida das pessoas e imagem turística”; e o Algarve é a região mais periférica de Portugal Continental.

“Se houvesse portagens, o seu periferismo e isolamento em relação à Espanha e resto do país agravar-se-iam, com consequências económicas e sociais dramáticas”, frisa a plataforma

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