sábado, 8 de junho de 2013

Em Tomar, na sexta-feira

TOMAR - Trabalhadores dos CTT estão em greve mas rejeitam responsabilidades por correspondência atrasada

Os Correios de Portugal estão em Greve Geral nesta sexta-feira. Segundo uma nota remetida à Hertz pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações há registo para uma adesão na ordem dos 87%. No mesmo texto, esta acção de luta é justificada com a «luta pela empresa, pelo serviço público e pelo futuro» dos funcionários, sendo que a adesão é classificada como «massiva».
A comunicação refere, também, que a greve «é uma resposta directa ao Governo e, em especial, a uma Administração dos CTT de verdadeiros Comissários Políticos, prepotentes e arrogantes, ali colocados para destruírem a imagem, o corpo e o futuro de uma Empresa com quase 500 anos de história». A Hertz quis perceber, mais a fundo, quais os motivos para esta greve e falou com Carlos Reis, sindicalista da Secção de Oeste e Ribatejo: «Os nossos postos de trabalho estão em causa... Como tem sido visível, há fecho de estações com populações mais pequenas. Esta greve tem a ver contra as privatizações e contra o mau serviço que está a ser feito. A adesão é muito boa mas é de lamentar que os trabalhadores da parte do atendimento, sendo o alvo mais afectado, não terem participado tão bem. Mas na distribuição foi uma adesão em massa. Há centros de distribuição com adesões de cem por cento». A distribuição de correio foi, assim, afectada durante esta sexta-feira, o que não deixou de provocar algum desconforto entre cidadãos, principalmente aqueles que estavam à espera de receber as reformas. Com o fim-de-semana e o feriado de segunda-feira, essas retribuições só deverão chegar, na melhor das hipóteses, no dia 11, o que faz toda a diferença para quem vive dependente das reformas. Carlos Reis foi confrontado com este atraso mas refere que os trabalhadores não têm qualquer responsabilidade e explicou porquê: «Há muita gente que não se apercebeu mas o atraso na distribuição do correio não tem a ver com a greve mas sim com a reestruturação que houve na distribuição dos CTT, que inventou a segmentação para dizer que existem trabalhadores a mais. Ou seja, num dia o carteiro pode fazer uma parte de distribuição seguida e a outra com correio prioritário. E no outro dia inverte os papéis: onde não fez no dia anterior, faz no dia seguinte. Para além disso, os CTT não substituem os trabalhadores que estão em férias. Há muita gente que está há dois, três dias sem receber correio e, depois, recebe cinco ou seis cartas. O correio fica retido nos centros de distribuição. Isto nada abona a favor da qualidade de serviço».

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