Comunicado da Comissão de Utentes “Juntos pelo Nosso Hospital”
Publicado a 14 de Junho de 2013 . Na categoria: Institucional .
Como é público, esta Comissão aceitou de bom grado participar, por iniciativa do Conselho de Administração (CA) do Centro Hospitalar do Oeste (CHO), em reuniões dum Grupo de Trabalho Externo cuja função seria a de reflectir sobre a reorganização em curso. Ao fim de 4 reuniões verificamos que as nossas opiniões não são ouvidas e que nos são comunicadas planos de reorganização rígidos e fechados, pouco permeáveis a sugestões ou críticas.
Constatamos que, mesmo não existindo nenhum documento orientador definitivo sobre a dita Reorganização, ela já está efectivamente a ser levada à prática no terreno, com prejuízo para as Populações. Não pretendemos qualquer prejuízo das populações de Caldas da Rainha, Torres Vedras, Peniche, ou de qualquer outro concelho do Oeste.
Esperamos que a Unidade Hospitalar de Caldas da Rainha possa prestar um serviço de qualidade na resposta às necessidades das populações das freguesias de S. Martinho do Porto, Alfeizerão e Benedita.
Não aceitamos:
Que uma urgência médico-cirúrgica seja gerida à distância de 50Km. Se há serviços, e são muitos, que não prescindem da presença diária, constante, do seu director, o Serviço de Urgência é um deles.
Que uma Urgência médico-cirúrgica possa perder a sua vertente de Traumatologia;
Que se possa sequer equacionar qualquer diminuição da diferenciação laboratorial e de apoio 24 horas actualmente existente;
Que as condições técnicas de funcionamento de instalações tão importantes como o Bloco Operatório sejam descuradas pela Administração, como aconteceu com a avaria do ar condicionado do Bloco Operatório de Caldas da Rainha (de todo o Bloco e não apenas de “algumas salas”);
Que se desloquem progressivamente alguns centros de decisão fundamentais numa Unidade Hospitalar (Centro Hospitalar) para fora da sua sede;
Que o Conselho de Administração e nomeadamente o seu Presidente, desconsidere, publicamente o empenhamento profissional dos funcionários da Unidade de Caldas da Rainha;
Que o futuro do Hospital Termal e do seu património esteja a ser gizado de forma pouco transparente e longe da vigilância cívica das populações, não se conhecendo protocolos de cedência nem projectos para o seu desenvolvimento, abertos e participados.
Finalmente elogiamos e congratulamo-nos com a instalação recente do aparelho de tomografia axial computorizado (TAC).
Elogiamos ainda a intenção da criação duma Unidade de Cuidados Intensivos no Centro Hospitalar do Oeste, que servirá mais de 300.000 habitantes. Lembramos, no entanto, que a sua instalação só poderá acontecer em Caldas da Rainha.
Reafirmamos a nossa disponibilidade para o diálogo, a nossa abertura para a procura das melhores soluções para as populações, mas também a nossa determinação e a nossa atitude permanente de vigilância cívica.
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