sábado, 15 de junho de 2013

Quarenta pessoas em vigília reclamam melhores serviços no Hospital de Santarém

Quarenta pessoas em vigília reclamam melhores serviços no Hospital de Santarém 

Cerca de quatro dezenas de pessoas concentraram-se esta sexta-feira, 14 de Junho, em frente ao Hospital de Santarém numa vigília organizada pelo Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos, que reclama o acesso a melhores cuidados de saúde.

“Não estamos nem contra os médicos, nem contra os enfermeiros, nem contra os trabalhadores, mas estamos preocupados face às denúncias que nos têm chegado sobre o que tem acontecido no hospital de Santarém”, explicou à Lusa Augusto Figueiredo, do Movimento dos Utentes de Serviços Públicos (MUSP) de Santarém.

Segundo o representante, a preocupação dos utentes prende-se com situações denunciadas pelos próprios trabalhadores, que “ainda esta semana se queixaram que nem sequer havia aventais para dar banho aos utentes” e com outras divulgadas por doentes que chegarão a estar ali “quatro ou cinco dias numa maca num corredor ou outros sentados nos corredores a levar soro”.

A estas situações, referiu Augusto Figueiredo, juntam-se “a falta de médicos e enfermeiros e a falta de medicamentos para tratamentos oncológicos ou para hemodiálise”.

Contactado pela Lusa, o administrador do hospital, José Josué, assegurou que as populações da influência da unidade “podem ficar tranquilas porque não há qualquer indicação de alteração da estrutura assistencial”.

O movimento diz ainda ter “fundadas preocupações” em relação a uma alegada “perca de valências como a “maternidade, oftalmologia e otorrino, porque uma das hipóteses que está a ser estudada pelo Ministério da Saúde é não haver valências repetidas num raio de 100 quilómetros.”

O MUSP sustenta que “é preciso lutar com vigílias, com comunicados e abaixo-assinados que chamem à responsabilidade” os governantes, alertando-os de que “esta política é uma máquina de fazer doentes e de dar cabo do que são os nossos direitos sociais”.

As queixas que hoje levaram a concentrar-se em frente ao Hospital Distrital de Santarém pessoas de Torres Novas, Abrantes e Rio Maior (numa iniciativa que contou com pouca adesão de habitantes de Santarém) já foram transmitidas à administração hospitalar, mas o MUSP “continua à espera de esclarecimentos”, remetidos para quando estiver constituído o conselho consultivo.

Segundo o administrador José Josué, o Hospital Distrital de Santarém “é uma estrutura consolidada e adequada à população que serve” e as pessoas “podem ter confiança que tudo faremos para manter a qualidade”.
O Hospital Distrital de Santarém tem uma área de abrangência de 200 mil pessoas distribuídas por nove concelhos.

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