sexta-feira, 6 de julho de 2012

IPO e Santa Maria estão sem sangue

IPO e Santa Maria estão sem sangue

Há falta de sangue nos hospitais. As reservas estão no limite no Hospital de Santa Maria e no Instituto Português de Oncologia (IPO), ambos em Lisboa. O presidente do Instituto Português do Sangue e da Transplantação, Helder Trindade, lançou o apelo para que "300 novos dadores de sangue apareçam diariamente nas várias unidades de recolha espalhadas pelo País nos próximos dias". "Só assim será ultrapassada a reserva mínima de sete mil unidades registada nos últimos três dias", disse o responsável.
Por:João Saramago / J.S.

Helder Trindade explica que é nos meses de Julho e Agosto que os portugueses dão menos sangue: "Caso se mantenham as reservas nos níveis mínimos, é possível que neste Verão tenham de ser adiadas cirurgias". O presidente do instituto que gere as dádivas de sangue no País sublinha, contudo, que os dadores regulares que já têm dias marcados para dar sangue em Julho e Agosto não devem doar antes dessas datas. "Há o risco de estarmos a contar com essas dádivas que já estão programadas e chegar a esses dias e os dadores não aparecerem porque, entretanto, já tinham dado sangue", acrescentou.
O apelo para os 300 novos dadores dirige-se aos dadores esporádicos, "em particular aos jovens", disse Helder Trindade. A região sul é a mais carenciada de sangue no Verão, em parte por ser esta a zona mais visitada por estrangeiros.
Em Lisboa, fonte oficial do Hospital de Santa Maria confirmou que as reservas de sangue estão a ser geridas com rigor, não sendo possível por agora garantir que todas as cirurgias serão realizadas. A mesma fonte adiantou que há uma unidade móvel no hospital para quem quiser doar sangue. Também fonte do IPO de Lisboa referiu que "os stocks estão em baixo, mas não é nada de dramático". Helder Trindade confirmou que pelo menos "uma cirurgia não urgente foi adiada recentemente por falta de sangue".
DADORES SEM DINHEIRO PARA TRANSPORTE
l "A crise leva a que haja dadores regulares de sangue que não têm dinheiro para pagar os transportes a fim de efectuarem a doação", disse o presidente do Instituto Português do Sangue e da Transplantação, Helder Trindade. Não efectuar a deslocação devido ao preço da gasolina é outra razão apontada bem como o pagamento de taxas moderadoras nos hospitais. A crise leva também a que os trabalhadores tenham receio de participar em campanhas no seu horário laboral.
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