Utentes de Grândola unem-se para reivindicar cuidados de saúde
A população de Grândola une-se amanhã, pelas 18 horas, em frente ao largo da feira, para manifestar-se a favor da manutenção do centro de saúde no município, que tem mais de seis mil utentes sem médicos e não tem capacidade de resposta para funcionar durante 24 horas. Carlos Beato, presidente da Câmara Municipal de Grândola explica que esta iniciativa tem como objetivo “chamar a atenção dos governantes e das autoridades portuguesas para o facto de a crise não justificar tudo, nomeadamente os cortes na saúde”.
O presidente da autarquia grandolense esclarece que no
centro de saúde “existem quatro médicos a exercer funções e, por isto,
existem inúmeros utentes sem médico de família, o que prejudica a população, o
município e o território, porque se as pessoas precisarem de um médico ou de uma
enfermeira, não têm”. Outra reivindicação baseia-se no risco que a população
corre ae dirigir-se ao centro de saúde e não ser atendida por este “só estar
aberto em partes do dia”, adianta Carlos
Beato.
“Grândola é um concelho turístico por excelência e a
autarquia não quer que os turistas deixem de visitar a cidade porque não têm
assistência médica”, acrescenta o autarca. Carlos Beato frisa
ainda que “o governo é apoiado por partidos que recomendaram, há um ano, na
Assembleia da República, que o serviço de saúde abrisse 24 horas por dia e
agora, não é o que acontece”.
Carlos Beato acrescenta que a administração central
“não pode prometer o que não pretende cumprir, porque isto não é uma questão
política, uma vez que a população paga impostos e tem direitos consagrados na
constituição da república portuguesa, como o direito à saúde”.
O autarca explicita que o estado atual da saúde, no município de
Grândola, é “impensável” e adianta que o protesto “é um momento de
indignação”, porque a edilidade pretende que “o governo perceba a posição
dos grandolenses”.
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