Hospital
Trabalhadores do Santa Maria protestam contra horários
por LusaHoje
Os trabalhadores do Hospital de Santa Maria
admitiram hoje ter receio de "repercussões" na sua vida pessoal e laboral por
exigirem a reabertura da negociação dos horários, justificando desta forma a
pequena adesão ao protesto desta manhã.
"Esta coisa dos horários influencia muito a vida das pessoas, e, de forma
mais direta ou indireta, quando tomamos uma posição muitas vezes temos
repercussões. E conhecemos vários [casos]", disse à Lusa Margarida Brissos,
trabalhadora do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, e delegada sindical do
Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP)
"Acredito que não seja o conselho de administração a fazê-lo, mas há
repercussões para os trabalhadores. [...] Todos os trabalhadores que vieram -
além dos sindicalizados -- constituem uma vitória, porque dar a cara à porta do
hospital é uma demonstração de coragem", acrescentou.
A iniciativa foi marcada pelos Sindicato Nacional dos Psicólogos, Sindicato
da Função Pública Sul e Açores e Sindicato dos Enfermeiros Portugueses e reuniu
à porta do hospital cerca de uma dezena de sindicalistas e trabalhadores que
distribuíram panfletos para alertar para o que dizem ser uma "desregulação total
dos horários", com efeitos não só para os profissionais, mas também para os
utentes.
"Estivemos aqui a consciencializar os utentes de que lhes querem retirar mais
um bocadinho do Serviço Nacional de Saúde. Vão ser penalizados, porque há uma
hora de pausa, em que não lhes vão ser prestados os melhores cuidados", defendeu
Margarida Brissos.
A hora de pausa em questão está prevista no regulamento interno de horários
que impõe um intervalo obrigatório de uma hora para almoço, em detrimento da
jornada contínua de trabalho
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