A Comissão de Utentes de Saúde do Montijo acusa o Governo de manipular estatísticas referentes à afluência de utentes no serviço de urgências no Hospital do Montijo para justificar o encerramento destas. “Os utentes e a população do Barreiro, Alcochete e Montijo estão unidas para manter as urgências no Montijo aberto, porque as estatísticas em que o governo se baseia para afirmar que este serviço não tem utentes suficientes são uma manobra política”, explica Celina Figueiredo, porta voz da Comissão de Utentes de Saúde do Montijo.
O Hospital do Barreiro, se passar a dar resposta aos concelhos
do Montijo e de Alcochete “encontra-se muito distante e não tem capacidade de
resposta para as populações”, frisa Celina Figueiredo, alertando ainda para
a possibilidade da “perda de vidas no trajeto”. “Os cidadãos pagam
impostos mas não lhes são dadas garantias, por vezes estão cinco horas à espera
no Hospital do Barreiro para serem atendidos e o regresso para casa é por sua
conta”, explicita a porta voz da comissão, acrescentando que “o caminho
que o governo está a tomar assenta na transformação da saúde num negócio”.
Celina Figueiredo afirma que “a população está cada vez mais
revoltada com o encerramento constante de unidades de saúde”. “O Montijo
vai continuar a lutar, através dos recursos necessários, como abaixo assinados,
reuniões com o ministério da saúde porque o fecho de uma unidade de urgência não
resolve os problemas dos utentes”, prossegue a porta voz da Comissão de
Utentes de Saúde do Montijo.
O protesto realizado na passada sexta feira contra a intenção
do governo de fechar a urgência do hospital do Montijo reuniu 400 pessoas em
frente ao hospital do Montijo. Celina Figueiredo anuncia que “caso o governo
mantenha a sua posição, no dia do fecho do hospital, a população estará reunida
no hospital a protestar”. O “Setúbal na
Rede” contatou as autarquias do Montijo e Alcochete para obter
declarações mas, até ao momento desta publicação, não obteve resposta.
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