terça-feira, 3 de julho de 2012

ACES da Serra de Aire assegurou serviços mínimos de enfermagem

Saúde3 Jul 2012, 07:36h
ACES da Serra de Aire assegurou serviços mínimos de enfermagem
O Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) da Serra d’Aire assegurou os serviços mínimos nos cuidados de enfermagem, já que cerca de metade dos 13 enfermeiros contratados não se apresentaram ao serviço, disseram fontes sindicais e dos serviços.
José Oliveira, diretor executivo do ACES Serra d’Aire, disse à Lusa que seis dos 13 enfermeiros não responderam ainda se aceitam ou não as condições propostas pela empresa que venceu o concurso aberto pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) e que se propõe pagar-lhes 3,96 euros à hora.
Segundo o responsável deste ACES (que integra os centros de saúde de Alcanena, Entroncamento, Fátima, Ourém e Torres Novas), seis dos enfermeiros contratados estão a tentar negociar as condições propostas, pelo que ainda não se sabe se vão continuar a prestar serviço ou não.
José Oliveira afirmou que, caso estes enfermeiros não aceitem as condições propostas, os que entrarem de novo terão que passar por uma fase de integração de três ou quatro semanas, o que forçosamente obrigará à redução da prestação de alguns cuidados aos utentes.
Helena Jorge, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, disse à agência Lusa que uma das actividades cancelada esta segunda-feira no centro de saúde de Torres Novas foi a vacinação, que é feita por três enfermeiras, todas elas contratadas.
José Oliveira disse à Lusa que dos outros sete profissionais, um recusou de imediato a proposta que lhe foi apresentada, tendo sido já substituído, e os outros seis aceitaram.
Helena Jorge afirmou que a proposta feita pela empresa contratada pela ARSLVT está a gerar “indignação e revolta” tanto entre os enfermeiros subcontratados como entre os mais velhos que não aceitam este “enxovalho” à profissão.
“É uma imoralidade profunda”, afirmou.
O diretor do ACES Zêzere, Fernando Siborro, partilha desta indignação, considerando inconcebível que profissionais a prestar serviço há três anos tenham primeiro visto reduzir os seus salários de 700 para pouco mais de 500 euros e agora sejam confrontados com uma proposta que não ultrapassa os 400 euros, de onde têm ainda de pagar as contribuições para a Segurança Social.
“Como funcionário público e como cidadão estou revoltadíssimo com esta situação”, disse à Lusa.
No caso do ACES Zêzere, existem quatro enfermeiros contratados e ainda alguns administrativos, disse.
Diga o que pensa sobre este Artigo. O seu comentário será enviado directamente para a redacção de O MIRANTE

Sem comentários:

Enviar um comentário