Alergia: Doentes pedem medicamentos mais baratos
Crise já prejudica doença
A asma atinge um milhão de portugueses, quase 10% da população, e tem tendência a aumentar no futuro. Por ser uma doença crónica e, na maior parte dos casos alérgica, têm vindo a ser investigadas novas vacinas e medicamentos para diminuir os tempos de tratamento e aumentar a sua eficácia. Porém, a crise económica está a levar ao descontrolo da doença.
Exame avalia respiração
A asma é uma doença inflamatória crónica das vias respiratórias. Pode ser tratada com medicação inalada, vacinas ou outros produtos por via oral. As vacinas têm de ser tomadas durante três a cinco anos, mas estão a ser desenvolvidas novas opções para diminuir o tempo de tratamento. Também há novos fármacos que servem de solução aos 5% dos doentes que sofrem de asma grave e não respondem ao tratamento convencional (corticóides).
"Os fármacos novos são caros e há doentes que pedem os mais baratos. A comparticipação de 50% das vacinas foi suspensa há um ano. O que os doentes podem fazer é evitar o que provoca alergias e seguir o tratamento prescrito pelo seu médico", alertou Jorge Ferreira, da Sociedade Portuguesa de Pneumologia.
DISCURSO DIRECTO
"É DOENÇA REVERSÍVEL", Jorge Ferreira, Pneumologista
Correio da Manhã – Em que é que consiste esta doença?
Jorge Ferreira – A asma é uma doença que surge devido à contracção dos brônquios, mas é reversível. No entanto, como é uma doença crónica deve manter-se o tratamento.
– Houve alterações no seu tratamento?
– Antes só se controlavam 5% dos doentes. Agora a maior parte dos pacientes tem a doença controlada
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