O IPO de Lisboa apresenta maiores tempos de espera cirúrgicos para doentes com elevados níveis de prioridade, e o incumprimento dos prazos chega a ultrapassar os 50 por cento, revelou uma auditoria do Tribunal de Contas (TC).
O relatório da auditoria às práticas de gestão dos IPO (Instituto Português de Oncologia) de Lisboa, Coimbra e Porto, divulgado pelo TC, avança que dos 6.678 doentes oncológicos operados pelo IPO de Lisboa em 2010, 55,4 por cento dos doentes a quem foi atribuído um nível de prioridade 3 -- o segundo mais grave numa escala de quatro -- e 7,9% dos doentes incluídos no nível 4 -- o mais grave -- foram operados já depois dos prazos máximos estipulados para o tipo de doença oncológica diagnosticada.
Significa isso que, em Lisboa, no caso dos 848 doentes com nível 3, 470 sofreram intervenções cirúrgicas fora do prazo recomendado, e dos 127 a quem foi atribuída prioridade máxima, 10 foram operados já depois dos três dias estipulados como limite legal.
Diário Digital / Lusa
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