quinta-feira, 21 de junho de 2012

Centro Hospitalar do Médio Tejo espera reduzir 16 milhões de euros em custos este ano.

Centro Hospitalar do Médio Tejo espera reduzir 16 milhões de euros em custos este ano.
O Centro Hospitalar do Médio Tejo espera conseguir este ano uma redução de 16 milhões de euros nos custos, em relação a 2011, anunciou esta quinta-feira, 21, o presidente do conselho de administração, num balanço da reorganização iniciada em Janeiro.
Joaquim Esperancinha assegurou que a primeira fase da reorganização do centro hospitalar (CHMT), que decorreu entre 23 de Janeiro e 1 de Março, cumpriu os objectivos de melhoria da prestação de cuidados de saúde e de contribuir para a sustentabilidade económico-financeira do CHMT.
De acordo com os indicadores apresentados, relativos a Maio, o CHMT registou um decréscimo de idas às urgências (menos 23,3%), da actividade cirúrgica (menos 9,4%), do número de consultas médicas (menos 5,6%), do número de sessões em hospital de dia (menos 6,1%), tendo havido um acréscimo de 1,3% no número de partos.
O número de doentes inscritos para cirurgia é de 2.655, sendo o tempo médio de espera de 103 dias.
Segundo o conselho de administração, os custos totais do CHMT atingiram em Maio os 35,9 milhões de euros, contra os 42,2 milhões do ano anterior, uma redução de 15%.
Em relação às contas de 2011, o ano fechou com um défice acumulado de 150,6 milhões de euros, sendo a dívida total de 95 milhões de euros, 56,5 dos quais a fornecedores externos.
Joaquim Esperancinha afirmou ter conseguido alargar por três anos (para 2014) o prazo inicialmente dado ao CHMT para conseguir um EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização) nulo.
Na conferência de imprensa de balanço das primeiras fases da reorganização em curso, em Torres Novas, o director clínico do CHMT, Paulo Vasco, assegurou que as alterações introduzidas, nomeadamente nas urgências, permitiram uma “melhoria significativa no nível assistencial”, havendo mais qualidade no atendimento.
Joaquim Esperancinha admitiu que a reorganização foi “forte” e “muito rápida”, havendo ainda “ajustes finos” a fazer, mas garantiu que não haverá retrocesso.
Por outro lado, assegurou que a eventual retirada de valências, apontada no estudo divulgado pela Entidade Reguladora da Saúde, não faz sentido no projecto para o CHMT aprovado pela tutela e que todo o trabalho que está a ser desenvolvido considera a existência de três unidades – Torres Novas, Tomar e Abrantes -, não havendo qualquer intenção de encerrar alguma delas.
Joaquim Esperancinha adiantou que está em curso a segunda fase da reorganização do CHMT, que passa pela reestruturação da Medicina Física e de Reabilitação (com Tomar a concentrar a vertente de ambulatório, mantendo Torres Novas e Abrantes o apoio ao internamento), da Imagiologia (passando Abrantes a dispor dos serviços de TAC e Ecografia 24 horas/dia), da Patologia Clínica (concentração do laboratório em Abrantes) e da Imuno-hemoterapia (concentração do processamento em Torres Novas).
Por outro lado, está a decorrer o processo para automatização do processamento da unidose, para introdução de uma pulseira com código de barras que registará todo o histórico do doente desde a chegada às urgências e de sistemas informáticos que visam melhorar o funcionamento dos vários serviços.
In ( Mirante)

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