Centro Hospitalar do Médio Tejo espera reduzir 16 milhões de euros em custos este ano.
O Centro Hospitalar do Médio Tejo espera conseguir este ano uma redução de 16 milhões de euros nos custos, em relação a 2011, anunciou esta quinta-feira, 21, o presidente do conselho de administração, num balanço da reorganização iniciada em Janeiro.
O Centro Hospitalar do Médio Tejo espera conseguir este ano uma redução de 16 milhões de euros nos custos, em relação a 2011, anunciou esta quinta-feira, 21, o presidente do conselho de administração, num balanço da reorganização iniciada em Janeiro.
Joaquim Esperancinha assegurou que a primeira fase da reorganização do centro hospitalar (CHMT), que decorreu entre 23 de Janeiro e 1 de Março, cumpriu os objectivos de melhoria da prestação de cuidados de saúde e de contribuir para a sustentabilidade económico-financeira do CHMT.
De acordo com os indicadores apresentados, relativos a Maio, o CHMT registou um decréscimo de idas às urgências (menos 23,3%), da actividade cirúrgica (menos 9,4%), do número de consultas médicas (menos 5,6%), do número de sessões em hospital de dia (menos 6,1%), tendo havido um acréscimo de 1,3% no número de partos.
O número de doentes inscritos para cirurgia é de 2.655, sendo o tempo médio de espera de 103 dias.
Segundo o conselho de administração, os custos totais do CHMT atingiram em Maio os 35,9 milhões de euros, contra os 42,2 milhões do ano anterior, uma redução de 15%.
Em relação às contas de 2011, o ano fechou com um défice acumulado de 150,6 milhões de euros, sendo a dívida total de 95 milhões de euros, 56,5 dos quais a fornecedores externos.
Joaquim Esperancinha afirmou ter conseguido alargar por três anos (para 2014) o prazo inicialmente dado ao CHMT para conseguir um EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização) nulo.
Na conferência de imprensa de balanço das primeiras fases da reorganização em curso, em Torres Novas, o director clínico do CHMT, Paulo Vasco, assegurou que as alterações introduzidas, nomeadamente nas urgências, permitiram uma “melhoria significativa no nível assistencial”, havendo mais qualidade no atendimento.
Joaquim Esperancinha admitiu que a reorganização foi “forte” e “muito rápida”, havendo ainda “ajustes finos” a fazer, mas garantiu que não haverá retrocesso.
Por outro lado, assegurou que a eventual retirada de valências, apontada no estudo divulgado pela Entidade Reguladora da Saúde, não faz sentido no projecto para o CHMT aprovado pela tutela e que todo o trabalho que está a ser desenvolvido considera a existência de três unidades – Torres Novas, Tomar e Abrantes -, não havendo qualquer intenção de encerrar alguma delas.
Joaquim Esperancinha adiantou que está em curso a segunda fase da reorganização do CHMT, que passa pela reestruturação da Medicina Física e de Reabilitação (com Tomar a concentrar a vertente de ambulatório, mantendo Torres Novas e Abrantes o apoio ao internamento), da Imagiologia (passando Abrantes a dispor dos serviços de TAC e Ecografia 24 horas/dia), da Patologia Clínica (concentração do laboratório em Abrantes) e da Imuno-hemoterapia (concentração do processamento em Torres Novas).
Por outro lado, está a decorrer o processo para automatização do processamento da unidose, para introdução de uma pulseira com código de barras que registará todo o histórico do doente desde a chegada às urgências e de sistemas informáticos que visam melhorar o funcionamento dos vários serviços.
In ( Mirante)
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