Centro Hospitalar do Médio Tejo adopta medidas para ultrapassar falência técnica
18/01/2012 - 09:15
A reorganização das urgências, a concentração de serviços e a redução do número de cargos dirigentes são algumas das medidas esta terça-feira anunciadas para ultrapassar a situação de falência técnica do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), avança a agência Lusa.
Composto pelas unidades hospitalares de Abrantes, Tomar e Torres Novas, que distam cerca de 30 quilómetros entre si, o CHMT tem esta terça-feira um défice acumulado de 160 milhões de euros, dos quais 60 milhões em dívida a fornecedores, tendo o presidente do conselho de administração, Joaquim Esperancinha, defendido esta terça-feira o plano apresentado como "fundamental" para conseguir ter o défice controlado num prazo de três anos.
Na unidade hospitalar de Torres Novas, onde decorreu a apresentação do plano de reorganização das três unidades hospitalares, Joaquim Esperancinha assegurou que a estratégia foi aprovada pelos autarcas daqueles municípios e afirmou que eventuais pressões contrárias ao mesmo não irão fazer recuar o conselho de administração.
"Estamos disponíveis para ouvir propostas alternativas, mas não pode haver recuo, no essencial, sob pena de colocarmos em causa a sobrevivência do próprio CHMT", disse.
Joaquim Esperancinha, que já presidiu ao CHMT entre Dezembro de 2002 e Abril de 2005 e voltou a ser nomeado em Dezembro, mostrou-se muito crítico em relação à administração cessante e à situação económica e financeira do CHMT, que tem vindo a degradar-se negativamente à razão de 25 milhões de euros por ano.
O administrador disse ainda que solicitou uma auditoria externa às contas daquele centro hospitalar, que deverá estar concluída no final de Janeiro, não excluindo a possibilidade de remeter matéria de facto para o Ministério Publico, para eventual apuramento criminal de responsabilidades.
Recusando fazer a "contabilidade de quem ganha e quem perde" valências, o responsável insistiu na importância da implementação de uma estratégia global para a centralização de serviços que ainda funcionam em mais do que uma unidade, promovendo a complementaridade.
Neste contexto, definiu-se a concentração do serviço de Otorrinolaringologia em Tomar, da Pediatria em Torres Novas e da Ortopedia em Abrantes. O bloco operatório de Torres Novas fecha, passando 80% das cirurgias programadas para a unidade de Tomar, e o bloco operatório da maternidade de Abrantes é reactivado.
As unidades de Tomar e Torres Novas ficam ainda com serviço de urgência básica com viaturas SIV (suporte imediato de vida), ambulâncias pré-hospitalares, e a urgência diferenciada e a unidade de cuidados intensivos ficam sediadas em Abrantes.
Ao nível dos serviços, a administração do CHMT revelou que baixou de 19 para 10 elementos e o número dos directores de departamentos e serviços foi reduzido dos 41 elementos para 19.
Joaquim Esperancinha disse ainda que a criação do conselho consultivo "é para avançar" e acrescentando que o plano de reorganização "não envolve despedimentos".
Composto pelas unidades hospitalares de Abrantes, Tomar e Torres Novas, que distam cerca de 30 quilómetros entre si, o CHMT tem esta terça-feira um défice acumulado de 160 milhões de euros, dos quais 60 milhões em dívida a fornecedores, tendo o presidente do conselho de administração, Joaquim Esperancinha, defendido esta terça-feira o plano apresentado como "fundamental" para conseguir ter o défice controlado num prazo de três anos.
Na unidade hospitalar de Torres Novas, onde decorreu a apresentação do plano de reorganização das três unidades hospitalares, Joaquim Esperancinha assegurou que a estratégia foi aprovada pelos autarcas daqueles municípios e afirmou que eventuais pressões contrárias ao mesmo não irão fazer recuar o conselho de administração.
"Estamos disponíveis para ouvir propostas alternativas, mas não pode haver recuo, no essencial, sob pena de colocarmos em causa a sobrevivência do próprio CHMT", disse.
Joaquim Esperancinha, que já presidiu ao CHMT entre Dezembro de 2002 e Abril de 2005 e voltou a ser nomeado em Dezembro, mostrou-se muito crítico em relação à administração cessante e à situação económica e financeira do CHMT, que tem vindo a degradar-se negativamente à razão de 25 milhões de euros por ano.
O administrador disse ainda que solicitou uma auditoria externa às contas daquele centro hospitalar, que deverá estar concluída no final de Janeiro, não excluindo a possibilidade de remeter matéria de facto para o Ministério Publico, para eventual apuramento criminal de responsabilidades.
Recusando fazer a "contabilidade de quem ganha e quem perde" valências, o responsável insistiu na importância da implementação de uma estratégia global para a centralização de serviços que ainda funcionam em mais do que uma unidade, promovendo a complementaridade.
Neste contexto, definiu-se a concentração do serviço de Otorrinolaringologia em Tomar, da Pediatria em Torres Novas e da Ortopedia em Abrantes. O bloco operatório de Torres Novas fecha, passando 80% das cirurgias programadas para a unidade de Tomar, e o bloco operatório da maternidade de Abrantes é reactivado.
As unidades de Tomar e Torres Novas ficam ainda com serviço de urgência básica com viaturas SIV (suporte imediato de vida), ambulâncias pré-hospitalares, e a urgência diferenciada e a unidade de cuidados intensivos ficam sediadas em Abrantes.
Ao nível dos serviços, a administração do CHMT revelou que baixou de 19 para 10 elementos e o número dos directores de departamentos e serviços foi reduzido dos 41 elementos para 19.
Joaquim Esperancinha disse ainda que a criação do conselho consultivo "é para avançar" e acrescentando que o plano de reorganização "não envolve despedimentos".
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