Doentes esperam cada vez mais tempo por consultas nos hospitais
26.06.2012 - 14:16 Por Alexandra Campos
Foi nas cirurgias mais urgentes que a capacidade de resposta dos hospitais públicos piorou de forma mais acentuada (Foto: PÚBLICO)
Em apenas um ano, a percentagem de hospitais públicos que não consegue cumprir os prazos legais para atender os doentes nas primeiras consultas de especialidade aumentou substancialmente.
O problema reflecte-se com especial acuidade nas consultas muito prioritárias: apenas um terço dos hospitais do SNS conseguiu dar resposta no prazo máximo de 30 dias em 2011, quando no ano anterior a percentagem dos cumpridores ascendia a 84%.
Incluídos no Relatório Anual sobre o Acesso a Cuidados de Saúde de 2011 hoje divulgado, os dados provam que o acesso dos cidadãos ao SNS está mais demorado, de uma forma generalizada. Apesar de o total de consultas hospitalares ter aumentado 3% no ano passado, o agravamento do incumprimento dos prazos previstos na lei verificou-se também nas consultas prioritárias (resposta entre 31 a 60 dias): em 2011, apenas 44% dos hospitais conseguiu atender os doentes dentro destes limites, enquanto no ano anterior isso aconteceu com 84%. Até na prioridade dita "normal" (resposta até 150 dias) se verificou uma regressão (de 85% de cumpridores passou-se para 65%).
O mesmo aconteceu com as cirurgias programadas, com a mediana de tempo de espera para uma operação passar de três meses para 3,3 meses, de 2010 para 2011, invertendo uma tendência de melhoria que se registava há anos.O mais preocupante é que foi justamente nas cirurgias mais urgentes que a capacidade de resposta dos hospitais públicos piorou de forma mais acentuada. Se em 2010 havia 40 hospitais a operar os doentes mais prioritários no prazo estipulado (até 72 horas), no ano passado eram já só 32 os que o conseguiam fazê-lo. Também nas cirurgias com necessidade de resposta até 15 dias, os cumpridores diminuiram, passando de 46 para 36.
Como notas positivas, o relatório destaca o aumento de 4% das consultas nos cuidados de saúde primários em 2011 (apesar de se ter agravado também o tempo de resposta) e o crescimento de 42% na referenciação de utentes dos centros de saúde para as unidades de cuidados continuados.
Incluídos no Relatório Anual sobre o Acesso a Cuidados de Saúde de 2011 hoje divulgado, os dados provam que o acesso dos cidadãos ao SNS está mais demorado, de uma forma generalizada. Apesar de o total de consultas hospitalares ter aumentado 3% no ano passado, o agravamento do incumprimento dos prazos previstos na lei verificou-se também nas consultas prioritárias (resposta entre 31 a 60 dias): em 2011, apenas 44% dos hospitais conseguiu atender os doentes dentro destes limites, enquanto no ano anterior isso aconteceu com 84%. Até na prioridade dita "normal" (resposta até 150 dias) se verificou uma regressão (de 85% de cumpridores passou-se para 65%).
O mesmo aconteceu com as cirurgias programadas, com a mediana de tempo de espera para uma operação passar de três meses para 3,3 meses, de 2010 para 2011, invertendo uma tendência de melhoria que se registava há anos.O mais preocupante é que foi justamente nas cirurgias mais urgentes que a capacidade de resposta dos hospitais públicos piorou de forma mais acentuada. Se em 2010 havia 40 hospitais a operar os doentes mais prioritários no prazo estipulado (até 72 horas), no ano passado eram já só 32 os que o conseguiam fazê-lo. Também nas cirurgias com necessidade de resposta até 15 dias, os cumpridores diminuiram, passando de 46 para 36.
Como notas positivas, o relatório destaca o aumento de 4% das consultas nos cuidados de saúde primários em 2011 (apesar de se ter agravado também o tempo de resposta) e o crescimento de 42% na referenciação de utentes dos centros de saúde para as unidades de cuidados continuados.
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