sábado, 16 de junho de 2012

Todas as lutas contam(191) - Barcelos

Manifestação em Barcelos
Governo ataca Poder Local

Milhares de pessoas manifestaram-se domingo, em Barcelos, contra o projecto de liquidação de freguesias, propósito inseparável da ofensiva do Governo ao Poder Local democrático e do ataque em curso aos direitos e interesses dos trabalhadores e da população.

Image 10668Extinção de freguesias é criminosa
A manifestação, promovida pelo Movimento «Freguesias Sim», para além das gentes do concelho de Barcelos, contou com a presença das populações de Rio Maior, Moita, Lisboa, Loures, Sintra, Leiria, Valongo, Esposende, Gondomar e Braga.

Depois do desfile, e no período aberto às intervenções, Luís Leandro, do Movimento, afirmou que a lei que prevê a extinção de freguesias é «criminosa», pois pretende acabar com um importante elo de ligação às populações. Por seu lado, Alberto Martins, presidente da Junta de Freguesia de Barcelos, informou que vai ser entregue, na Assembleia da República, um abaixo-assinado, que reúne mais de cinco mim assinaturas, para pedir a revogação da lei que viabiliza a extinção de freguesias.

Já Nuno Cavaco, presidente da Junta de Freguesia da Baixa da Banheira, distrito de Setúbal, valorizou a importância das freguesias como elo de ligação com as populações. «Quando o poder económico quer falar com o Estado vai a S. Bento ou a Belém. Quando o povo quer falar com o Estado vai à Junta de Freguesia», afirmou.

 O protesto contou com a presença de uma delegação da Organização Regional de Braga (DORB) do PCP, composta por João Frazão, da Comissão Política, Carlos Almeida e António Esperança, da DORB, e Mário Figueiredo, eleito na Assembleia Municipal de Barcelos.

Para os comunista, a ofensiva do Governo visa o empobrecimento e a liquidação da autonomia do Poder Local, assim como atingir os direitos das populações e as suas condições de vida.
«Depois de PS, PSD e CDS terem fechado escolas, postos de saúde, postos de correio, estações de caminho de ferro, transportes públicos, querem agora fechar as freguesias e o elemento de ligação ao poder, num momento em que se adensam as dificuldades dos trabalhadores e das populações, e em que estas, principalmente as mais desfavorecidas, precisam cada vez mais de apoios de proximidade», referem, em nota de imprensa, os comunistas, frisando que a aprovação da Lei 22/2012 «não significa a extinção de freguesias», e que as «populações e os seus representantes nas freguesias e nos municípios vão dar ainda muita luta contra este ataque».

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