quinta-feira, 21 de junho de 2012

Posto da GNR do Couço só tem um guarda- Coruche

Autarcas lamentam falta de operacionais numa altura em que aumentaram os assaltos na freguesia
Posto da GNR do Couço só tem um guarda



Comando distrital de Santarém da GNR assegura que o facto de actualmente apenas existir um militar no posto “em nada afecta o anterior patrulhamento à vila”, já que a Guarda continua a garantir uma patrulha para o Couço.
Edição de 2012-06-21
A Câmara Municipal de Coruche e a Junta de Freguesia do Couço lamentam o “esvaziamento” do posto da GNR do Couço, reduzido à presença de um único militar, que assegura trabalho administrativo das 09h00 às 17h00, lembrando que a vila se encontra a 25 quilómetros da sede do concelho. Luís Ramalho, tesoureiro da Junta de Freguesia do Couço, diz que a redução da presença da GNR surge num momento em que a freguesia tem sido assolada por uma “onda de assaltos” que está a preocupar a população.

“Nos últimos tempos temos sido afligidos por roubos diários. Roubam tudo. Desde cobre, ferro, animais e já foram a duas lojas roubar comida, como queijo, chouriços ou fruta. Assaltam de noite e roubam galinhas e porcos, gasóleo e botijas de gás”, disse o autarca à Lusa.

O presidente da Câmara Municipal de Coruche, Dionísio Mendes, compreende a preocupação da população, sublinhando que a autarquia “não aceita” este “desinvestimento”, que gera um afastamento das forças de segurança das pessoas.

O comando distrital de Santarém da GNR assegurou que o facto de actualmente apenas existir um militar no posto “em nada afecta o anterior patrulhamento à vila, uma vez que a GNR continua a garantir uma patrulha para o Couço”. Nega ainda qualquer intenção de encerrar aquele posto, frisando que essa é uma responsabilidade da tutela, “não havendo actualmente qualquer decisão nesse sentido”.
Por outro lado, refere que nos primeiros quatro meses do ano se registaram números de criminalidade idênticos a igual período de 2011, admitindo contudo um aumento dos crimes contra o património no mês de Maio (passou de dois em 2011 para nove em 2012, cinco de metais não preciosos e quatro furtos em residências).

A GNR assegura que vai manter no posto “o efectivo indispensável para garantir a segurança das populações, procedendo à avaliação da necessidade de reforço em meios humanos, materiais ou funcionais sempre que necessário”.

Para Dionísio Mendes não basta afirmar que há patrulhamento, quando ele tem que se deslocar de Coruche, de uma distância de cerca de 25 quilómetros, que não consegue responder a urgências.

“Trata-se da segunda maior localidade do concelho e a uma distância de Coruche que demora meia hora a percorrer. É preciso que haja uma viatura e uma equipa de patrulha no local. A visibilidade é fundamental para dar confiança às pessoas”, disse, frisando que a inexistência de uma patrulha local “é uma tranquilidade para os malfeitores”.

O tesoureiro da Junta de Freguesia do Couço lembrou que o posto teve “em tempos” 14 militares, tendo ficado, há pouco mais de uma semana, reduzido a um elemento dada a transferência do outro militar que ali permanecia.
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